Como diz a história, colecionista é o nome de pessoas que possuem a prática de guardar, organizar, selecionar, trocar e expor seus itens por categorias.
“Um mundo diferente, mais significativo, mais ordenado, pode nos falar a partir de coisas humildes, como sapatos ou garrafas, autógrafos ou primeiras edições, os quais, em seu agradável arranjo, em sua estrutura e variedade, nos falam da beleza, da segurança; e cada objeto que tanto desejamos é, de fato, um atributo daquilo que desejamos.” – Philipp Blom, historiador alemão.
Coleções podem ser feitas de diversos objetos, como: autógrafos, livros, chapéus, caixas, discos e etc. Para entender um pouco mais sobre o assunto, principalmente no que se refere aos vinis, conversamos com Jelson, responsável pela Jelson Vinil.
Jelson, nesses tempo modernos, como você vê hoje o vinil no cenário musical?
Jelson Vinil: Pra responder essa pergunta, vale lembrar um pouco da história do vinil. Vamos lá então!
O disco de vinil ou ainda Long Play (LP) foi feito em cima da mídia desenvolvida no final da década de 80. No início da década de 90, com a invenção vdos compact discos (CD) ficaram obsoletos.
Entusiastas defendem a superioridade do vinil em relação as mídias digitais em geral (CD, DVD e outros). O principal argumento utilizado é o de que as gravações em meio digital cortam as frequências sonoras mais altas e baixas, eliminando harmônicos, ecos, batidas, graves, “naturalidade” e espacialidades do som. Mas, tenho escutado muito nas feiras em que participo por todo o Estado de Santa Catarina a seguinte frase “não se fazem mais músicas boas como naquela época”. De fato, acredito que até o final dos anos 90 tivemos muita música de boa qualidade, as pessoas procuram no disco de vinil reviver esses momentos.
No cenário musical, a comercialização de discos tem crescido muito, hoje as vendas de vinis ultrapassam as de CD’s. Em 2017 os discos de vinil mais vendidos vieram de relançamentos de clássicos como The Beatles, Pink Floyd e outros.
Penso que principalmente o apelo afetivo que o vinil trás, são lembranças, histórias, momentos amorosos e muita saudade dos anos dourados
Qual o principal fator que faz, até hoje, tantas pessoas colecionarem?
Além dos pontos citados anteriormente, sabemos que todo disco é uma cópia única, isso já garante muita qualidade no som, sem contar que existe todo um ritual de procurar a música preferida e curtir as capas que são uma verdadeira obra de arte. É muito gratificante!
Como você vê o colecionismo, os jovens tem se interessado por esse ramo?
O colecionismo tem crescido muito nos últimos anos, jovens tem buscado sim, muitos participam de feiras e mercados de pulgas. Nesses eventos encontramos muitos objetivos colecionáveis, como: vinis, CD’s, DVD’s, livros, revistas, carrinhos, objetos antigos, arte e tudo mais. Sabendo do movimento e do giro comercial que esses tipos de eventos proporcionam, o comércio em geral tem ficado atento e aberto espaços pra mais realizações.
Hoje as feiras de colecionismo e os mercados de pulgas estão de forma crescente em praças, supermercados, shopping’s e onde estiverem os admiradores.
Quais os discos mais procurados atualmente pelos colecionistas?
Rock nacional e internacional são os mais procurados.
Nacional: Legião Urbana, Engenheiros do Havaí e Raul Seixas.
Internacional: Pink Floyd, Queen, Guns n’ Roses, Iron Maiden e Nirvana.
Como faz para adquirir vinis?
Nesse meio chamamos a procura de “garimpo”, sempre aparecem nos eventos alguém que tem discos a venda, as vezes o uso das redes sociais para comprar (Facebook) também ajuda.
Amigos muitas vezes acabam indicando pra outras que acabam se tornando amigos. “O vinil tem o poder de fazer amigos”.
Contatos e redes sociais para quem quiser saber mais?
Sou professor de educação física da rede municipal de Balneário Camboriú e tenho o vinil como um hobby. Utilizo o WhatsApp, onde todos podem tirar suas dúvidas, consultar vinis disponíveis e valores: (47) 99911-3124.