INCA estima que devem surgir 30 mil novos casos no Brasil até o final de 2020
No Brasil, apesar do câncer de pulmão ser o terceiro tumor com maior incidência na população masculina, a doença é a primeira em mortalidade. Na mulher brasileira, esse tipo de câncer é o quarto em incidência e o segundo em mortalidade. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer (INCA), que estima que, até o fim de 2020, surjam mais de 30 mil novos diagnósticos da doença no país.
Para a médica oncologista Grazielle Felippe, da Clínica Neoplasias Litoral de Itajaí, o tabagismo (ato de fumar) é, sem dúvida, a principal causa de câncer de pulmão.
“Mais de 80% das mortes por câncer de pulmão são provocadas pelo tabagismo ativo ou passivo. Existem outras causas que respondem a menos de 20% dos casos de morte por câncer de pulmão, como os ocupacionais, em que as pessoas têm exposição a produtos tóxicos como asbesto, sílica ou amianto, ou fatores hereditários, sejam eles genéticos ou adquiridos. Quando se somam fatores ambientais ocupacionais e tabagismo, ou genéticos e tabagismo, a chance de desenvolver câncer de pulmão é ainda maior”, enfatiza a médica oncologista.
Agosto Branco
Agosto é o mês da campanha de prevenção e conscientização do câncer de pulmão em todo o país. Como a doença, muitas vezes, não apresenta sintomas, alguns sinais precisam de atenção.
Principais sinais de câncer de pulmão
-Tosse que pode ser seca ou com secreção. A secreção pode ser clara, ou pode ser sanguinolenta;
-Dor no peito, dor no tórax ou dor no ombro persistente;
-Rouquidão, ou perda da voz;
-Falta de apetite;
-Perda de peso sem motivo aparente;
-Cansaço;
-Falta de ar;
-Prurido (coceira;)
-Reações de pele persistentes.
Formas de diagnóstico
O diagnóstico do câncer de pulmão é realizado após avaliação clínica do médico e de exames complementares de imagem e o chamado histopatológico que permitem a confirmação do diagnóstico. O médico pode solicitá-los depois de uma avaliação clínica dos sintomas e do histórico do paciente. Para Grazielle Felippe, médica oncologista, o diagnóstico precoce é a melhor chance do paciente ficar curado.
“Quanto mais precoce o diagnóstico, mais simples o tratamento e maior a chance de cura. Quando o diagnóstico é feito em fase mais avançada, o tratamento é mais complexo, envolve necessidade de quimioterapia e radioterapia e chance de cura é menor”, afirma.
Depois de confirmar a presença do câncer no pulmão, o médico vai determinar a estratégia mais adequada para o tratamento, que pode envolver remoção cirúrgica, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia ou a combinação desses procedimentos. Tudo isso vai depender do estágio e das condições físicas do paciente. A utilização, por exemplo, da tomografia computadorizada, com baixa dose de radiação, em pacientes com alto risco para câncer do pulmão, pode ser eficaz no diagnóstico do câncer em fase mais precoce, aumentando as chances de cura.
Principais tratamentos
O Câncer de pulmão pode ser tratado de várias formas, mas a definição específica do tratamento depende de duas questões principais, de acordo com a médica oncologista Grazielle Felippe, da Clínica Neoplasias Litoral.
Estadiamento da Doença.
Tipo de Câncer de Pulmão que será submetido ao tratamento:
2.1 Câncer de Pulmão não pequenas Células;
2.2 Câncer de Pulmão tipo pequenas Células.
Como toda Neoplasia Maligna, o Estadiamento do Câncer de Pulmão é o que definirá qual a melhor estratégia de tratamento:
Estadio I:
Tumores menores, de no máximo 5 cm sem sinais de disseminação da doença para os Linfonodos (ou ínguas) – geralmente tratados com cirurgia exclusiva.
Estadio II:
Lesões tumorais menores com acometimento de linfonodos (conhecidos como ínguas) próximos (do mesmo lado) do tumor: geralmente tratados com cirurgia, e quimioterapia complementar com intenção de prevenir recidiva e aumentar a chance de cura.
Estadio III:
Lesões tumorais maiores, mais próximas do mediastino, com acometimento de linfonodos mais distantes, contralaterais ao lado do pulmão acometido – geralmente tratamento com associação de quimioterapia e radioterapia, em alguns casos podendo serem resgatados cirurgicamente, aqui ainda existe intenção curativa.
Estadio IV:
Presença de lesões chamadas de metástases (locais onde a doença dissemina ou “espalha”, longe do lugar inicial onde a doença começou, ou seja, quando a doença já está presente em outros órgãos) – geralmente estes casos são submetidos a tratamento sistêmico, seja quimioterapia, terapia alvo, ou imunoterapia. O tratamento sistêmico, nada mais é do que um tratamento que é feito para tratar todos os sistemas do corpo, isto é, o corpo todo, e não apenas uma parte dele.
Radioterapia
A radioterapia usa feixes de energia de alta potência de fontes como raios-X e prótons, para matar as células cancerosas. Para pessoas com câncer de pulmão localmente avançado, a radiação pode ser usada antes ou após a cirurgia.
Quimioterapia
A quimioterapia usa drogas para matar células cancerosas. Esse tratamento é frequentemente usado após a cirurgia para matar quaisquer células cancerosas que possam permanecer. Pode ser usado sozinho ou combinado com radioterapia. A quimioterapia também pode ser usada antes da cirurgia para reduzir o câncer e torná-lo mais fácil de remover. Em pessoas com câncer de pulmão avançado, a quimioterapia pode ser usada para aliviar a dor e outros sintomas
Radioterapia corporal estereotáxica (Radiocirurgia)
É um tratamento de radiação intensa que direciona muitos feixes de radiação de vários ângulos para o câncer. E é geralmente concluído em um ou alguns tratamentos. Pode ser uma opção para pessoas com câncer de pulmão, que não podem se submeter à cirurgia. Também pode ser usado para tratar o câncer de pulmão, que se espalha para outras partes do corpo.
Terapia medicamentosa direcionada
Os tratamentos com medicamentos direcionados podem causar a morte das células cancerosas. Muitos medicamentos de terapia direcionada são usados para tratar o câncer de pulmão, embora a maioria seja reservada para pessoas com câncer avançado ou recorrente.
Imunoterapia
A imunoterapia é utilizada para tratar grande parte dos tipos de câncer de pulmão. Para alguns pacientes, é possível realizar o tratamento com a imunoterapia isolada, sem a necessidade de quimioterapia. A imunoterapia é um tipo de tratamento biológico que tem o objetivo de potencializar o sistema imunológico de maneira a que este possa combater infecções e outras doenças como o câncer. A imunoterapia inclui tratamentos que agem de diferentes formas. Alguns estimulam o sistema imunológico do corpo de uma forma muito geral, enquanto outros ajudam o sistema imunológico a atacar especificamente as células cancerígenas.
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Por Clínica Neoplasias Litoral
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