A PORTA AMARELA

Francielle Colla, uma mulher de garra

Francielle Colla, nascida numa família italiana tradicional, trocou seu estado natal, Paraná, por Santa Catarina, lá pelos seus 16 anos de idade. Veio para Joinville. Ela nasceu em Quedas do Iguaçu (PR), no dia 21 de abril de 1978, filha maior do casal formado por Elias Colla e Marlene Colla, que tiveram ainda mais cinco filhos. Era a segunda voz dentro de casa, depois da mãe, colaborando em tudo o que era possível.

Sua irmã, Cibele Colla, conta que a casinha de Francielle sempre era a mais bonita. Para a irmã, desde pequena Francielle demonstrou habilidades e qualidades, que apareceriam no futuro no desempenho da sua profissão. Já na adolescência, sempre de acordo com a irmã, se destacava por detalhes próprios da sua personalidade, agindo com autonomia e convicção.

Na visão da irmã, Francielle conquistou uma posição no mundo empresarial com muita dedicação, determinação e perseverança. Do ponto de vista familiar, e sempre seguindo as palavras da irmã Cibele, Francielle foi um exemplo constante para todos.

Francielle se sente privilegiada pela sua infância feliz. Também teve a sorte de encontrar amigos legais na adolescência, pessoas maravilhosas que fizeram muito bem para sua vida. – “Deus foi generoso comigo”, afirma feliz.

Amante da leitura e ávida por conhecimento, Francielle era uma boa aluna, com sede de saber, inclinada para matérias como História, Geografia e Ciências.

Desinibida, desenvolta, se destacava no colégio. Representava a escola em dias festivos, em homenagens e em outras festividades. Conta que os professores, de vez em quando, davam uma chamadinha nela, senão a situação pegava fogo. Tinha facilidade para decorar e espírito competitivo, sobressaído nas gincanas que aconteciam com frequência. Ela se lembra de um aniversário muito especial quando foi chamada ao pátio e todas as salas, ali reunidas, cantaram o famoso “parabéns pra você”, um verdadeiro acontecimento na sua vida escolar.

Bem na frente da sua casa tinha uma quadra de esportes. Ela era baixinha, mas adorava vôlei. Queria jogar handball também, mas a mãe não incentivava muito. Seu sonho era entrar para a equipe de vôlei. E realizou seu sonho, só que entrou como reserva. O evento mais importante, na sua curta “carreira” esportiva, aconteceu quando faltou uma jogadora no time adversário e ela foi escalada para completar o elenco. Quase teve problemas, além de não apresentar um bom jogo, acabava comemorando os pontos da sua equipe original. As companheiras improvisadas não gostaram nem um pouco da sua atitude. O esporte ficou para trás na sua vida. Outras atividades tomariam seu tempo e ganhariam sua atenção.

Quando Francielle tinha 15 anos participou de um concurso escolar, organizado pelos Correios. Ela tirou o primeiro lugar na região e o segundo lugar no Brasil. Isso lhe proporcionou certa projeção local e lhe permitiu arrumar seu primeiro emprego. Essa primeira atividade laboral foi uma verdadeira escola para a garota curiosa e amante das letras. Foi trabalhar no escritório, datilografando os pedidos feitos pelos vendedores. Só que no momento de fazer a ficha acabava conversando com os clientes e vendia também, muitas vezes mais que o próprio vendedor. O seu chefe percebeu o potencial da garota e a passou para a parte de vendas. Isso melhorou muito a vida de Francielle, que não gostava de ficar parada e fechada, precisava interagir com as pessoas, conversar, se relacionar. Ao mesmo tempo em que trabalhava, ela não descuidava os estudos, fazendo vários cursos, aprofundando seu conhecimento na área de vendas. Seu desempenho e dedicação fez com que ela se destacasse.

Quando veio morar com uma tia em Joinville, arrumou emprego numa loja de móveis. Continuou fazendo cursos, assistindo palestras e resolveu cursar Letras na faculdade. Tendo em conta sua predileção pelos livros e a vontade de adquirir cada vez mais conhecimento, ela resolveu encarar a árdua jornada que envolvia muito trabalho e estudo. A escolha da Licenciatura em Letras aconteceu por influência de uma professora da época escolar, alguém que a marcou muito pelo seu jeito de ensinar, pelo seu profissionalismo e pelo carinho que tinha pela profissão.

Na sua primeira passagem pelo mundo universitário, depois viria outra, ela criou um grupo de leitura. Era o CVQ (Contos, vinhos e queijos). Francielle lembra com carinho dessa turma. Eram mais ou menos quinze participantes. Cada um levava um conto, um vinho e queijo. Parece que lá pelo sétimo conto (acompanhado pelo vinho e pelo queijo) a sessão ficava um tanto etílica e já ninguém falava nada sério, criticando com humor os autores e seus contos, rindo de tudo e terminando a noite de maneira totalmente diferente do propósito inicial.

Francielle completava três anos na faculdade quando uma professora pediu para fazer um trabalho que a alertou. Ali ela percebeu que não tinha perfil para ser professora, que não teria paciência para encarar uma turma de adolescentes ou criancinhas. Numa conversa franca com uma docente, resolveu mudar o rumo e abandonou o curso de Letras. Mesmo amando os livros, a leitura, a Literatura, percebeu que seria uma professora infeliz, bem diferente daquela que na 2ª série a inspirou. Ela venera seus mestres, seus professores, sente por eles grande respeito e admiração.

Dessa época em que mergulhou no mundo das letras, perduraram amizades, como a de Rosangela Rodrigues de Souza. A amiga destaca que os traços marcantes de Francielle são a garra, a determinação, a força de vontade e a disposição para lutar para alcançar seus objetivos. Também faz menção ao carinho que tem pela família, ajudando sempre, muitas vezes se privando de alguma coisa para apoiar os seus. Rosangela acompanhou toda a carreira de Francielle Colla, desde que era vendedora até se transformar numa arquiteta reconhecida pelo seu trabalho e sua dedicação. Confia tanto no seu talento e competência que entregou para Francielle o projeto da sua casa. Francielle entendeu que era um sonho, algo que Rosangela almejava com muita força e captou o sentimento, a ideia e fez tudo perfeito, realizando aquilo que a antiga amiga idealizava.

Francielle Colla se sente, antes de tudo, uma vendedora, com letras maiúsculas, pois para ela ser vendedor exige conhecimento, personalidade, empatia, desenvoltura, ética, educação e muita dedicação. O verdadeiro vendedor é um profissional completo, preparado e com uma visão muito ampla do mundo.

Aos 21 anos de idade, Francielle, uma vendedora nata, teve a chance de comprar a loja onde trabalhava, um feito nada pequeno e de muita coragem e decisão. O patrão decidiu montar outra loja e viu na sua funcionária um grande potencial para administrar a empresa que ele pretendia deixar. No começo Francielle teve um pouco de receio. Era uma excelente vendedora, mas não entendia muito da administração. O futuro ex-patrão argumentou que ela tinha todas as condições, pois seu desempenho, até aquele momento, tinha sido como se ela fosse a dona e não uma funcionária. Com certeza tinha fôlego para alcançar voos maiores, para conquistar novos espaços.  Acabou sendo convencida de que poderia ser uma empresária, que poderia levar adiante a loja e alcançar o sucesso. Ela conta que emitiu um bolo enorme de cheques e passou anos pagando. Refez a loja imprimindo seu estilo, dando seu toque pessoal. Um ano depois, em 2001, já inaugurava sua segunda loja, ganhando também a representação dos Móveis Dell Anno. Muita coisa aprendeu da pior forma, levando tombo, já que não tinha uma educação financeira nem era muito esperta em administração.

Em 2003 o mesmo ex-patrão lhe ofereceu uma loja em Piçarras. Não pensou muito. Deixou Joinville para trás e apostou na pequena cidade praiana. Ela vislumbrou um público que vinha de outros lugares, principalmente de Curitiba. Pela sua capacidade de venda, empatia e com o conceito de sempre entregar mais do que o cliente adquiria, ela começou a crescer e ganhar espaço. Conseguia uma excelente interação com as pessoas. Vendia móveis, mas orientava em detalhes que iam muito além de uma simples venda. Por exemplo, visitando o local onde colocariam os móveis, percebia que com algumas mudanças o ambiente ficaria muito melhor. Derrubar uma parede, abrir uma porta, fechar um espaço, mudar a textura ou a pintura, detalhes que melhorariam o ambiente e dariam mais conforto e prazer. Seu lema era “plantar todos os dias, para colher todos os meses”.

Quase sem perceber, e sem pedir nada em troca, ela começou a intermediar mão de obra, a acompanhar serviços de terceiros a pedido dos clientes e a orientar trabalhos e reformas. Ela conta que jogava em três times ao mesmo tempo. No dela, que era vender móveis, no do comprador que confiava no seu acompanhamento e na dos prestadores de serviço, com os quais mantinha uma relação cordial, esbanjando simpatia e carinho, sem deixar de cobrar a entrega do serviço contratado, no prazo e de acordo com o que foi combinado. Tanto fez isso que um dia uma cliente lhe pediu o projeto de uma casa que iria construir. Quando informou que não era arquiteta, a senhora não podia acreditar. Francielle passava tanta segurança nos seus conselhos que, mais de uma pessoa, acreditava que ela era formada em Arquitetura ou Engenharia. Ela passou a obra para uma amiga engenheira e ficou com essa mensagem batendo no seu cérebro. Por que não?

Assim, levada pelas circunstâncias e pelo nicho que vislumbrou, Francielle ingressou na faculdade de Arquitetura, em Jaraguá. Porém, a pressão do trabalho, as dificuldades para administrar a loja e o cansaço natural de tantas horas de trabalho e de estudo, pesaram muito na parte física e mental e ela acabou abandonando a faculdade. Não conseguiu conciliar as várias facetas da sua vida, naquele momento. Isso aconteceu em 2006.

Dois anos depois (2008), ela voltou a estudar, mas em Joinville. O diploma veio em 2013, marcando um dos momentos mais felizes da sua vida, sua formatura, no mesmo ano em que ela e o esposo decidiram ir para Itajaí, inaugurando uma nova empresa, com o conhecimento, o carinho e a dedicação que já eram uma marca registrada. Em Piçarras, onde criou raízes fortes, o nome fantasia da empresa era Espaço Interior Móveis. Com a mudança para Itajaí, surgiu a necessidade de um novo nome, de um toque diferente na marca, que apenas com o nome pudesse transmitir algo diferente.

Durante o tempo da faculdade, Francielle fez algumas viagens de estudo pelo Brasil e por outros países. Três destinos a encantaram: Minas Gerais, Chile e Barcelona (Espanha). Nesses três lugares, visitados e degustados com paixão, a variedade e beleza das portas chamaram sua atenção. Por esse motivo, quando resolveram se instalar em Itajaí (SC), Francielle tinha em mente que a nova empresa deveria ter uma porta que fosse referência, que outorgasse ao local uma personalidade diferente, marcante. Ricardo, seu esposo, é natural de São Carlos (SP). Foi lá que Francielle encontrou a porta com a qual se identificou plenamente. Trazer a porta de São Carlos até Itajaí, mesmo sendo no mesmo país, não foi tão fácil como parecia inicialmente, toda uma série de dificuldades e burocracia se encarregaram de complicar as coisas.

A escolha do nome do novo empreendimento também não foi fácil. Todos os nomes sugeridos não eram do agrado de Francielle, não representavam o que ela gostaria de transmitir já a partir do nome. Até que alguém sugeriu que deveria ser algo que identificasse fisicamente o local. Assim surgiu o nome: A Porta Amarela!

Três anos depois de instalados em Itajaí, e por uma mudança na estratégia financeira, resolveram mudar de local. Suas raízes continuam fortes em Piçarras e, ao mesmo tempo, estão conquistando um espaço muito importante na nova região. Hoje, quem conhece o trabalho d’ A Porta Amarela contrata novamente quando precisa e recomenda sem medo. Há muitos clientes de retorno, clientes que recomendam e elogiam o trabalho e a entrega de Francielle Colla e sua equipe.

Em realidade, a visão continua sendo a mesma, só que em um universo ampliado. Faz o projeto, entrega móveis planejados, sugere, acompanha a obra, dá garantia dos serviços prestados por terceirizados (por escrito), faz trocas sem custos para o cliente, quando algo não está de acordo e faz toda a intermediação entre o cliente e outras empresas ou prestadores de serviço, responsabilizando-se por isso. Fecha todo o círculo e garante a satisfação do contratante. 

Francielle acredita que existe um mercado enorme e promissor em Itajaí e região. E aposta que A Porta Amarela pode atender uma boa parte dessa demanda e pode fazer isso com muita qualidade e profissionalismo.

Questionada sobre momentos difíceis em sua vida de empresária, ela lembra que em 2005 e 2006 a situação se complicou bastante para ela, quando estava em Piçarras. Sua escassa experiência em administração, sua falta de capital de giro e de reservas para enfrentar momentos de baixa demanda, complicaram bastante as coisas para a pequena empresa que ela comandava. Durante muito tempo ela tinha se preocupado exclusivamente em vender, em entregar, sem prestar atenção aos sinais que indicavam que viriam problemas financeiros e muitas dificuldades.  A redução de pedidos acabou produzindo sérios problemas nas finanças da empresa. Francielle teve que demitir e não tinha caixa para pagar as indenizações. As contas se acumulavam e ela não encontrava a saída. Atrasou o aluguel da loja e, ficou sabendo depois, foi salva pela dona da imobiliária, que pagava os aluguéis para a proprietária, mesmo não recebendo de Francielle. Ela aprendeu uma dura lição: os bancos só concedem crédito para quem tem dinheiro. – ‘‘Um banco é um estabelecimento que nos empresta um guarda-chuva num dia de sol e nos pede de volta quando começa a chover.’’, reza a frase atribuída a Robert Frost e também a Mark Twain. Neste caso, o autor é o de menos, o que vale é a grande verdade da frase. Algo que Francielle sentiu na própria pele. Muitas pessoas a ajudaram naquele momento complicado e ela não se esquece disso. Além da dona da imobiliária, que segurou firme o aluguel da loja, mesmo sem Francielle saber, a dona da ferragem, onde ela comprava, onde ela comprava também lhe concedeu crédito e lhe deu tempo para se recuperar. Sem a ajuda dessas pessoas que entenderam a situação e apostaram na recuperação, ela não teria conseguido superar essa fase tão ruim. Ela não fugiu da raia, enfrentou com coragem e conseguiu sair adianta. Em 2008 as coisas começaram a melhorar, ela saldou suas dívidas e recomeçou sempre cheia de otimismo e força de vontade.

Ela se lembra de outros momentos tristes, que nem se comparam com esses percalços econômicos, como o falecimento da sogra, uma das poucas vezes que a morte chegou perto dela.

Francielle Colla tem registrado em sua mente momentos marcantes. Ela nunca se esquece da vez em que foi chamada para levar adiante o projeto da casa de praia do CEO da Tigre. Ela conhecia a história do homem. Ele tinha começado como office boy e, pela sua dedicação, competência e esforço, tinha chegado ao cargo mais alto de uma companhia da grandeza e importância da Tigre. Mesmo conhecendo o potencial econômico do dono da casa, e diferente de outros que já tinham orçado o serviço, ela não se aproveitou da situação e agiu com honestidade e ética. Isso foi determinante para conseguir o serviço e também para despertar a curiosidade do dono da casa. Tanto que ele foi até a empresa de Francielle para conhecer aquela pessoa que o impressionou pela sua competência e honestidade. Um momento, sem dúvidas, marcante.

A empresa de Francielle, em outro momento, foi reconhecida pela fábrica de móveis como um case de sucesso e escolhida para apresentar, para outras lojas, a sua história e o seu desempenho.

Muitas pessoas satisfeitas que indicam, recomendam e voltam para solicitar os serviços d’A Porta Amarela. Pessoas que afirmam terem muita confiança nos resultados finais e que não precisam se preocupar com o andamento da obra. Assim aconteceu com um apartamento decorado, solicitado por uma empresa de Itajaí. Quando o trabalho foi concluído receberam uma declaração do proprietário que foi muito mais que um elogio. Ele afirmou que pela primeira vez na sua vida de empresário, ele não precisou interferir ou fazer alguma correção no serviço. Tudo foi executado exatamente como tinha sido projetado e o resultado foi fantástico. Isso estabeleceu uma forte ligação comercial, que perdura até hoje.

Francielle Colla, como uma boa italiana, considera seus sobrinhos como filhos e se preocupa com eles como se fosse a mãe. Eles se reúnem constantemente com amigos, com a família e participam de todas as festas familiares possíveis.

Novos tempos, com desafios inéditos se aproximam e A Porta Amarela está se preparando para aparecer, para marcar presença, para explorar todas as possibilidades e para entregar um serviço de excelência. Há um mercado imenso que espera ser conquistado, explorado.

Francielle Colla, como tantos empresários visionários, guerreiros, é uma pessoa muito positiva, otimista, sem chegar ao exagero. A vida lhe ensinou que, muitas vezes, é melhor ser feliz que ter razão. Ela consegue ter um olhar amplo, buscando sempre a verdade dos dois lados da questão. A procura do autoconhecimento é algo fundamental para ela, assim como o exercício constante da humildade, da empatia, da percepção que sempre há um ser humano do outro lado. Ela diz: – “Somos luz e sombra, somos o lado bom e o lado ruim, devemos administrar o que falamos para não ferir, filtrar as coisas para não ferir e não criar problemas”.

A Porta Amarela é um case de sucesso, refletindo o entusiasmo e personalidade de sua alma: Francielle Colla. É uma porta de entrada para encontrar soluções inéditas, para desenvolver projetos únicos e personalizados.

Francielle Colla, o rosto visível d’ A Porta Amarela, tem a fibra e o entusiasmo dos vencedores. Ela está escrevendo uma história original, personalíssima e que mostra o quanto é competente, profissional, criativa e decidida. Vale a pena abrir essa porta e descobrir o que há detrás dela.

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