CÍNTIA MENEGHINI

Sorrindo para a vida

Cíntia Meneghini tem um sorriso maravilhoso que ilumina o ambiente onde ele acontece. Brilham seus olhos quando ela sorri. É como se o sorriso brotasse de algum lugar muito profundo, puro e natural, fresco e agradável, produzindo nas pessoas uma agradável sensação de acolhimento. Esse é o sorriso mágico de Cíntia, uma psicóloga gaúcha, que construiu a maior parte da sua carreira em terras catarinenses.

Mas, esse sorriso esteve contido, prisioneiro, durante muitos anos, começando na sua infância e chegando a parte da sua adolescência. Ela era uma menina fechada, séria, concentrada. Quando pequena teve um problema de saúde e a família toda foi morar a uns 15 km do centro de Rio Grande (RS), a cidade onde ela nasceu no dia 18 de junho de 1980. O local escolhido foi um sítio, onde a menina podia respirar ar puro e se recuperar, além de ter um espaço imenso para brincar, explorar e sonhar.

Tanta liberdade foi uma dádiva maravilhosa e, ao mesmo tempo, um obstáculo para a vida social da garota. Somente tinha seus irmãos para brincar, mas como eram mais velhos, a brincadeira não acontecia. Seu pai que acabava entrando nas brincadeiras dela, exercitando seu papel de pai. Ele até aceitava brincar de bonecas com ela, num gesto simpático de amor.

Porém, era uma garota séria, apesar de tudo o que tinha e do amor com que era tratada. Um dia uma vizinha, olhando nos seus olhos, comentou que não entendia como uma garota tão bela não sorria. Ela voltou para casa com aquilo girando na sua cabeça, se olhou no espelho e ficou refletindo sobre o comentário que tinha escutado. De repente sorriu! E viu que seu sorriso era belo e não deixou mais de sorrir sempre que surgia uma oportunidade. Tinha descoberto o poder do seu sorriso.

Cíntia teve seu primeiro contato com a psicologia quando tinha apenas cinco anos de idade, acompanhando um dos irmãos nas sessões as quais ele ia regularmente. Ali, a garotinha curiosa, se encantou com a profissional e com a mágica que ela fez, fazendo seu irmão melhorar somente com “brincadeiras”. Ali foi plantada a semente que anos depois transformaria Cíntia Meneghini numa excelente profissional.

Ela estudou, junto com os irmãos (Celso e Elias), num colégio de freiras, por influência do pai, que era professor do Colégio Marista e Universidade da cidade. Naquele colégio ela concluiu o 2° grau e também cursou o Magistério, influenciada por uma professora adorável da 1ª série, que colocou no seu pensamento a vontade de ser professora, de ensinar.

Celso Meneghini, o chefe da família, era bastante exigente. Ele era professor de matemática e não aceitava desculpas no que se referia aos estudos. Ele também gostava de ver os filhos praticando esportes. Assim, Cíntia praticou diversos esportes, já que no sítio onde morou até os 15 anos tinha muitas opções para desenvolver suas habilidades físicas. Além, disso incursionou no balé, Jazz, na ginástica olímpica e jogos diversos, fazendo parte da equipe do colégio onde estudava.

Depois que concluiu sua formação no Magistério continuou inquieta, fazendo vários cursos e buscando sempre opções para expandir seus conhecimentos. No próprio curso que a habilitou para ser professora, ela já estava com seu olhar em algo mais abrangente: Psicologia.

Inquieta, fez curso de fotografia, curso de moda e tentou o vestibular para o curso de Estilista, mas não conseguiu passar. Parece que a vida se encarregou de chancelar aquela frase que reza: “nada é por acaso”. Assim, sem conseguir participar do curso de estilista, ela resolveu partir para a Psicologia. Só que no Rio Grande não existia o curso e ela teve que se mudar para a cidade vizinha, Pelotas e morar, pela primeira vez, sozinha e em outra cidade.

Em Pelotas cursou a faculdade Católica durante três anos e meio, e já fez cursos de formação em conjunto, de hipnose clínica. Adorava praticar na família tudo que aprendia. Chegava em casa e pedia para todos sentarem e fecharem os olhos. Era engraçado, queria envolver todos nas coisas que a encantavam. Até que um dia, pensou em fazer mais cursos, porém só tinha em Florianópolis, onde seu irmão morava. E lá foi ela morar com ele e terminou seu curso na UNIVALI.

Sobre esse período seu pai comenta: – “Possivelmente a minha dedicação no Magistério (muitos anos dando 70h semanais de aula) tenha me impedido de notar a dedicação e entusiasmo, o esforço de Cíntia na faculdade. Ela enfrentando a estrada numa moto biz, com pouca segurança, é uma imagem que revela sua força de vontade e desejo de superar obstáculos. Vejo a dedicação e esforço dela nas suas atitudes, sem nunca causar problemas para os pais”.

Durante a graduação ela foi muito ativa, fazendo muitos cursos e procurando sempre aprofundar seus conhecimentos, fortalecendo sua base para passos futuros. Inclusive, um ano antes de se formar, iniciou uma pós-graduação em Psicoterapia Transpessoal. Nesta época, fazia um estágio pela manhã em Biguaçu, outro à tarde em São José e outro no SESC de Florianópolis à noite.  A pós-graduação ficava fechando os finais de semana.

Quando terminou a graduação, Cíntia foi contratada por uma empresa e começou sua vida profissional. Imediatamente, começou outra pós (MBA) em Gestão Estratégica de pessoas. Sentiu necessidade de adquirir conhecimentos, para desempenhar-se melhor no seu trabalho.

Mais tarde foi contratada para trabalhar no RH, na sede da UNIVALI em Itajaí. Ficava viajando de Florianópolis para Itajaí. Naquela época já estava namorando. Resolveu vir morar em Balneário Camboriú e começou a trabalhar em outras empresas. Sua carga horária era enorme. Ainda assim se aventurou em novos cursos e pós-graduações: Especialização em Avaliação Psicológica, Terapia Cognitivo Comportamental, Formação em Hipnose, Brainspotting e outros.

De repente sua vida deu uma nova virada, rompeu o noivado, mas continuou trabalhando e estudando muito.

Um dia conheceu Carlos Lipke, num momento de lazer, na praia. A conexão foi quase instantânea, pelo menos da parte dele. Ela conta de uma maneira divertida o começo do relacionamento. Estava na Praia Brava com umas amigas. Passou um loiro e cumprimentou com um “oi, morena!”. Ela achou meio bobo aquele cumprimento e não prestou atenção. Ele voltou e largou outro “oi, morena!” Ela teve que rir e foi à porta que se abriu para eles se conhecerem. Porém, ela estava saindo de um relacionamento e ele estava terminando outro. Desistiram, era muita interferência externa, muitas correntes contrárias. Quis o destino que voltassem a se encontrar, num supermercado, na parte de congelados. Ficaram um bom tempo conversando, ela sentindo frio, mas não arredando o pé. Assim tudo se encaixou. Eles casaram num navio em Cancún, com a presença dos pais, tendo um casamento diferente e muito íntimo.

Cíntia deixou todas suas atividades profissionais e resolveu ser empreendedora, junto com o marido. Abriram uma loja de roupas fit e começaram a trilhar o caminho do negócio próprio na cidade de Itajaí. Quando tudo parecia se encaminhar por esses rumos, ela começou a se sentir cansada, sem vontade, era alguém que não era ela. Descobriu que estava com hipertireoidismo. A doença atrasou sua vida um ano ou mais, foi o tempo que ela levou para recuperar-se fisicamente. Resolveram fechar a loja e ela começou a se dedicar exclusivamente à área psicológica.

Carlos se revelou um companheiro maravilhoso. Praticavam esportes juntos. Ele se mostrou extremamente ativo. Juntos encaravam rappel, mergulho, escalada e outros esportes. A chegada de Eduarda, a filha, mudou um pouco a rotina, mas não tirou o encantamento mútuo.

Sobre Cíntia, opina Carlos: – “Ela é muito criativa, otimista, determinada, corajosa, foi construindo sua carreira através dos anos, ela gosta do que faz e está ampliando seus horizontes. Ela cresceu e se ramificou, desenvolveu uma carreira muito boa e sente paixão pelo que faz”.

Cíntia Meneghini, com seu esforço e dedicação, construiu uma marca relevante, um nome que inspira respeito e admiração. Ela é extremamente dedicada e está sempre procurando inovar. A inovação é uma característica marcante da sua personalidade, o que se reflete diretamente e positivamente no seu trabalho. As pessoas, seus pacientes, percebem claramente as qualidades do trabalho de Cíntia.

O currículo de Cíntia é impressionante. Sua dedicação ao estudo é notável. Sua força de vontade para enfrentar horas e mais horas de sala de aula, leituras e mais leituras, é realmente extraordinária. Isso é notório no seu perfil profissional, revelando uma psicóloga com uma base muito sólida e uma gama extensa de conhecimentos. Tais características só servem para respaldar seu perfil de excelente profissional.

Ela e o marido têm muitos planos para o futuro. Eles querem empreender, abrir algum negócio, pensar no legado profissional, no que deixarão para a filha. No campo pessoal, gostariam de ser lembrados como pessoas que contribuíram com a sociedade. A meta é fazer o melhor possível pela filha, para que ela tenha uma boa vida, para que ela saiba seu papel no mundo, na vida, e que fique bem em todos os sentidos.

O pai de Cíntia tem sido uma figura importante na sua vida. Ele é sua referência em muitos momentos, começando na infância e perpetuando-se até sua vida adulta. Ele é uma fonte de inspiração constante. Cíntia guarda na sua memória, e muitas vezes traz a tona, momentos marcantes da sua infância que, invariavelmente, têm o pai como ponto de referência. Ela lembra da biblioteca enorme, do incentivo paterno para que estudasse, para que encontrasse seu caminho, sem desistir.

Já de Selma, sua mãe, ela herdou características que considera muito importantes para sua vida e para sua profissão: a força de vontade, o ânimo, a determinação e a organização (isso em excesso, segundo suas próprias palavras).

Cíntia Meneghini nunca se acomodou, sempre esteve com o acelerador lá no fundo, vibrando e buscando novidades. Mesmo no momento da doença, quando parecia que tudo se derrubava, quando se sentia abatida e cansada, se esforçava para não parar, para continuar na sua batalha.

A gravidez não foi fácil para ela, mas teve o apoio da sogra e dos pais em todo momento. Para a Cíntia foram meses de desconforto, vomitando muito, se sentindo cansada, mas trabalhando até o dia do parto. Porém, o nascimento de Eduarda compensou todos os sacrifícios e dificuldades. Ela inclusive, após o parto numa quarta-feira, se sentia muito fortalecida e voltou a atender seus pacientes na segunda-feira da outra semana. Sempre com o apoio de sua mãe, levando junto a bebê para amamentar.

Cíntia se sente apoiada pelos pais e sogros, mesmo estando separados geograficamente. Sempre teve o suporte deles, em todos os sentidos. Isso faz uma diferença muito grande, dá forças para lutar saber que tem uma base, um apoio, um porto seguro.

A psicóloga Cíntia Meneghini percebe que seu nome se transformou numa marca forte e prestigiosa. Ela percebe que seus pacientes entendem suas abordagens, que sabem que é inovadora e que sempre está procurando novos recursos, novos tratamentos para resolver diferentes situações.

Quando lhe perguntam quem é ela, não hesita em responder: – “Sou extremamente flexível, criativa, fugindo um pouco dos padrões. Sinto-me bem assim. Como psicóloga não meço esforços, estou sempre disposta a atender o paciente, em qualquer situação e com os meios que tiver disponível no momento”.

Ela enxerga o futuro totalmente ligado à sua família. Cíntia, esbanjando simpatia e muita confiança, conta que resolveu ser psicóloga influenciada por uma profissional incrível, uma pessoa maravilhosa com a qual consultava um dos seus irmãos, quando ela era uma criança de cinco anos. O impacto foi tão profundo que, no momento de escolher um novo caminho, depois de ter se formado no Magistério, não teve dúvidas, escolheu a carreira de alguém que a impressionou quando era pequena e já muito curiosa.

Sua amiga, Carolina Zucco Pytlovanciw acredita que uma das características mais marcantes de Cíntia é sua capacidade de estar sempre disposta a auxiliar amigos e colegas de profissão. Para ela, Cíntia tem certeza que compartilhar conhecimento com os outros só fortalece a profissão. – “Ela compartilha suas ideias, experiências, técnicas’’, afirma Carolina. – ‘‘Além de ser uma amiga sempre presente, em todos os momentos”.

Carolina destaca que três palavras ajudam a definir a personalidade marcante de Cíntia: competência, inteligência e resiliência. Ela conta como Cíntia conseguiu superar um momento complicado, quando saiu da empresa onde trabalhava e deixou de atuar como psicóloga, montando uma loja. Carolina ficou gratamente surpresa com a capacidade de se renovar, de empreender e de fazer a loja dar certo, demonstrada por Cíntia, cuidando de todos os detalhes da loja.

Porém, está muito claro para todos que o amor pela sua profissão é o motor principal da vida de Cíntia Meneghini.

– “Eu conheci Cíntia em um curso de especialização em Psicologia e, desde sempre, percebi seu comprometimento e amor pela Psicologia, pelos pacientes, pelas técnicas’’, comenta Carolina. – ‘‘Ela nunca se acomoda, está sempre buscando estudar e se atualizar, sempre pensando em fazer o melhor, tanto nos atendimentos psicológicos como na avaliação psicológica. Eu nunca a vi desanimada ou desmotivada para o trabalho. A carreira dela é um sucesso, porque ela sempre acreditou que assim seria. A caminhada não é fácil, por que esta profissão leva um bom tempo para ser reconhecida. Mas, com muito esforço e determinação, ela tem trilhado esse caminho com muito profissionalismo, competência e amor”.

Cíntia Meneghini se sente muito segura do caminho que escolheu, da profissão que abraçou com corpo e alma. Não para de se aperfeiçoar, de estudar, buscando sempre inovações que permitam melhorar seu desempenho profissional e, obviamente, o tratamento daquelas pessoas que a procuram e que se tornam seus pacientes.

Ela conseguiu que seu nome fosse automaticamente associado a confiabilidade, competência e profissionalismo. Isso não se constrói do nada, exige muita dedicação, muita força de vontade, muitas horas de estudo, muito trabalho silencioso e persistente.

Hoje, após 16 anos de formada, continua estudando para sua quinta pós-graduação (Neuropsicologia), já escreveu dois livros, criou duas marcas, ‘‘Acalme-se’’ (com produtos psicológicos) e ‘‘Hipnowork’’ (consultoria de gestão de pessoas), está desenvolvendo um projeto para seus pacientes, mas o principal ainda é sorrir, viver! Algo que ela sempre encoraja seus pacientes e que coloca em prática. Nos finais de semana curte muitos momentos com sua família e amigos, não saindo da sua essência de ser criativa até nisto. Além disso, ganhou quatro prêmios de profissional do ano, 2016, 2017, 2018 e 2019.

Cíntia Meneghini, a garota que não sorria, conquistou seu espaço no mundo profissional e ilumina seu entorno com um sorriso que transmite tranquilidade, que parece ser um imã que atrai soluções impensadas e momentos de reflexão e autoconhecimento. A menina do Rio Grande do Sul, agora morando em terras catarinenses, soube escrever sua história com competência e dedicação. Uma história que apenas está no começo, brilhando já com luz própria e sendo reconhecida pelo seu tamanho e valor.

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