Da prancha de surf para a reinvenção da gastronomia
Há várias versões sobre o surgimento do hambúrguer no universo dos alimentos humanos. Como o nome já alerta, tem sua origem na Europa, talvez na Alemanha.
Uma versão diz que um americano provou o hambúrguer que era feito com carne crua temperada e gostou. Quando voltou para seu país, resolveu fritar a mistura e colocar no pão. Assim teria nascido o hambúrguer em terras americanas. Mas, isso é lenda.
A versão mais aceita é de que os antigos povos tártaros, nômades e um tanto selvagens, lá pelo século XII e XIII, levavam debaixo das suas celas carne crua, enquanto cavalgavam e buscavam novos lugares para conquistar e sobreviver. Paravam para comer, depois de andar por muito tempo e a carne, esmagada debaixo do peso do homem e da cela, se transformava quase numa pasta. Essa seria a origem remota do hambúrguer.
No século XIX, os alemães levaram o “hamburg steak” (bife de Hamburgo) para os Estados Unidos da América. Os marinheiros americanos adotaram a comida, colocando a carne entre duas fatias de pão. Logo a classe trabalhadora também aderiu ao lanche rápido, alimentando-se sem perder muito tempo e praticamente sem parar de trabalhar.
Dali para conquistar o mundo, foi somente um passo. Baratos, saborosos, práticos e preparados em pouco tempo, acompanharam a vertigem do mundo no século XX, sendo preparados em todos os cantos do mundo. Invadiram o século XXI e hoje praticamente não existe uma cidade ou povoado que não tenha um ponto comercial que venda o famoso sanduíche quente que atravessou o oceano e conquistou o mundo.
Com certeza os pais de Eduardo Oliva Palma, criador do Flambô Burguer, saboreavam gostosos hambúrgueres na praia de Garopaba (SC) mesmo antes dele nascer. Eles veraneavam ali antes e depois de Eduardo nascer. Sua infância, além das lembranças de Porto Alegre, sua terra natal, esteve recheada de bons momentos perto do mar, em praias catarinenses.
Conta Eduardo que recebeu uma educação tradicional, teve uma infância feliz e desde cedo praticou esportes: natação, vôlei, skate e futebol principalmente. Naquela época, ele e o irmão menor desfrutavam do bairro, dos encontros com amigos, sem maiores preocupações. A vida tinha outro ritmo e a segurança na cidade era muito boa. Ser criança, naquela época tinha outras preocupações, atividades e brincadeiras, bem diferentes das que envolvem atualmente nossas crianças. O mundo mudou como sempre muda. Mas, amigos da época ainda permanecem no radar e na vida afetiva de Eduardo.
Dentro de casa, Eduardo, acompanhado pelo irmão menor, aprontava um pouco: inventava brincadeiras com muito movimento e barulho, jogava futebol, acabava quebrando objetos e arrumando encrenca com a mãe. Já no colégio era mais tranquilo, retraído, até. Não aprontava e, pode se dizer, era um aluno comportado. Gostava de matérias relacionadas com leitura e escrita: Literatura e Português. Mesmo com essa tendência para as Ciências Humanas, teve certa dificuldade quando chegou o momento de escolher sua profissão, seu caminho na vida.
Acabou se decidindo por Direito, cursando um ano na PUC de Porto Alegre, até que passou no vestibular da UFRGS e continuou seus estudos, dedicando-se e preparando-se para um futuro que já vislumbrava.
Já no primeiro ano de faculdade fazia estágio e começou a trabalhar na área. Dedicou dez anos da sua vida ao Direito. Porém, pouco a pouco, começou a se afastar da profissão. Alguns fatos o marcaram profundamente e contribuíram para que ele tomasse a decisão de mudar de rumo, buscar outro modo de vida, outro caminho.
Ele conta a experiência que teve numa audiência, defendendo uma empresa contra um rapaz que tinha ficado paralítico. Ganhou a causa, pois a empresa tinha razão, mas se sentiu um vilão, mesmo sendo ético e correto. Saiu da audiência chorando.
Foi um momento marcante na sua vida, quase um divisor de águas, um instante crucial que o fez pensar em outro destino, em outra maneira de construir sua existência. A carga psicológica era muito grande, sentiu como nunca que sua atuação, mesmo sendo ética, correta e dentro da lei, tinha grande influencia sobre a vida das pessoas, sobre o destino de muita gente.
Passou dez anos da sua vida advogando, se embrenhando nos tortuosos caminhos da lei e da justiça, percebendo que não era o que queria realmente fazer. Pouco a pouco, foi perdendo o encanto pela sua profissão e recuperou sonhos e projetos do passado, antes de formar-se e de trabalhar como advogado.
Voltando um pouco no tempo, vemos que já tinha em sua mente a ideia de mudar sua visão da vida: um ano antes de concluir seus estudos na UFRGS, no curso de Direito, ele fez uma viagem para a Califórnia (USA), isso lá pelo ano de 2007.
A viagem lhe custou o fim de um namoro firme. Ele, com seu espírito de aventura e sua vontade de ver e viver outras culturas. Eduardo decidiu ir, mesmo tendo que romper com sua namorada da época.
Conseguiu um visto estudante e ficou lá durante um ano, morando em casa de amigos e num hostel até conseguir alugar uma casa junto com outros colegas que estavam por lá. Ele foi se mudando até encontrar um lugar legal para morar, um lugar onde se sentia bem, uma praia que achou ser sua. Começou morando no centro de San Diego e terminou encontrando a praia dos seus amores: Pacific Beach, um lugar que harmonizava com seu estado de espírito.
Era um universo bem diferente de Porto Alegre. Praia, cultura hippie, muita agitação. Durante o tempo que morou por lá desenvolveu seu inglês, trabalhou, estudou e também se aventurou na cozinha. Qualquer trabalho que lhe proporcionava alguns dólares era bem-vindo, pois o importante era se sustentar e avançar nos seus projetos.
Essa viagem aos Estados Unidos da América mexeu muito com sua cabeça e lhe deu outra visão da vida. Intimamente, mesmo abraçando a profissão de advogado, sabia que em algum momento teria que dar uma guinada para um novo caminho, escolher outra maneira de enfrentar os desafios diários, almejando metas inéditas, mirando outros alvos diferentes.
De repente passou a não gostar de Porto Alegre, a querer largar tudo e começar algo diferente. Dez anos tinham se passado exercendo a profissão que tinha escolhido, mas não estava satisfeito, não se sentia realizado, apesar de trabalhar com honestidade, zelo e total dedicação.
Inicialmente não abandonou totalmente o escritório de advocacia, que compartia com amigos, mas foi avisando que não sabia até quando ficaria por lá.
A Praia do Rosa (SC) funcionou como um potente imã que o capturou quase de imediato. Talvez lembranças das suas temporadas em Garopaba durante a infância, misturadas com cenas agradáveis da Califórnia, tiveram muito a ver com sua decisão de montar, com amigos, uma pousada na praia catarinense.
A inauguração da pousada foi complicada. Muito trabalho, muitos pequenos detalhes que não funcionaram. A demanda de trabalho era tão grande e tão estressante que um dia, no meio da rua, se viu de pijama fazendo compras, de tão transtornado que estava. Realmente a vida de hoteleiro exigiu muito dele. Exigiu tempo, esforço redobrado, com o estresse nas nuvens, com a exigência dos hóspedes num nível cada vez mais elevado, com o mundo em constante transformação, ele e seus sócios tiveram que se adaptar, multiplicar esforços para dar conta do recado. Mesmo assim, no começo, tudo foi muito difícil.
Num Réveillon fechou com um grupo de meditação que ele frequentava e o clima, como num toque mágico, melhorou e tudo começou a se encaixar.
Ele considera que a abertura da pousada e sua operação foi um momento de superação na sua vida. Uma prova, um teste de perseverança e de sua fibra de empreendedor. Quiçá, em algum momento daqueles dias, ele chegou a pensar que desenvolver sua atividade de advogado era bem mais fácil.
Durante três anos fez inúmeras vezes o caminho entre Porto Alegre e a Praia do Rosa, no limite da sua resistência física, até que surgiu a ideia de montar um restaurante em Balneário Camboriú (SC).
O novo projeto, alimentado secretamente durante anos, teve seu pontapé inicial em 2015 e, finalmente, Eduardo, Pedro, Marcelo e Felipe, abriram o estabelecimento em 2016, depois de muito trabalho, obras e testes que definiram o cardápio inicial. Eduardo e Marcelo se encarregaram da administração, enquanto Pedro e Felipe abraçaram a parte operacional.
A pousada na Praia do Rosa não foi deixada de lado. Muitas vezes, de acordo com a necessidade, o caminho de ida e volta entre Balneário Camboriú e a Praia do Rosa é percorrido.
Sobre a abertura do Flambô o investimento inicial era de Eduardo e Marcelo. Com o passar do tempo Marcelo se retirou, algo que não foi totalmente ruim.
O começo do novo empreendimento também foi difícil, talvez ainda mais que a iniciativa inicial, mas prevaleceu o espírito aventureiro e empreendedor de Eduardo. Vir para Balneário Camboriú, uma cidade que não conhecia, que de alguma maneira tem uma cultura diferente, uma vibração inédita para ele, e iniciar um negócio totalmente diferente da sua orientação profissional foi um grande desafio.
Ele conta que foi mais complicado que abrir a pousada na Praia do Rosa. Os detalhes na hamburgueria são muito importantes. Tudo foi pensado, analisado e testado antes da inauguração. Mesmo assim, uma vez passado pelo teste da inauguração, a opinião dos clientes foi e continua sendo, muito importante. O cardápio acabou sendo o resultado do sucesso com os clientes, pois eles com suas opiniões e sugestões acabaram dando o rumo ao restaurante.
Eduardo sente que a virada está acontecendo, que está num momento de expansão, mesmo com a economia do país retraída.
Quando veio a Balneário Camboriú decidiu abriu o Flambô na Brava, em Itajaí, mas é possível dizer que a hamburgueria fazia parte de duas cidades, porque estava praticamente no limite entre as duas.
Eduardo ainda não se considera um empresário, apesar de já ter conquistado o respeito da mídia e a aprovação dos clientes que saboreiam as delícias preparadas. Ele acha que tem um caminho longo ainda por percorrer, mas que está no rumo certo e que alcançará aqueles objetivos que enxergou desde o princípio.
Mesmo não se considerando plenamente um empresário, ele se sente realizado profissionalmente. Mudou totalmente sua área de atuação, mas sente que se encontrou, que achou o caminho certo. Sente-se feliz de aproximar pessoas através do seu trabalho. Está sempre buscando melhorar, aperfeiçoar seu negócio, progredir como profissional dentro de um mercado que tem uma gama imensa de ofertas de todos os tipos e tamanhos.
Eduardo percebe que tem uma relação satisfatória com seus colaboradores, que influencia e é influenciado ao mesmo tempo. O desenvolvimento é contínuo, o caminho é árduo, mas tem suas recompensas. Está sempre pensando num ponto no futuro, algo que quer alcançar, um obstáculo que quer vencer.
Pedro Bessera é um gaúcho que entrou na onda motivacional do Eduardo e abandonou Porto Alegre, indo atrás de um novo desafio: Flambô.
Eduardo era cliente do restaurante onde Pedro trabalhava. Além de degustar os pratos, era curioso e, entre conversa e conversa, convenceu Pedro a largar tudo e tentar algo inédito em Balneário Camboriú.
Ele não pensou somente na possibilidade de abrir, construir, desenvolver um novo negócio. Afirma, com convicção que “quem mora numa cidade grande sonha com as ondas e areia da praia”. O mar, a praia, o ar mágico e a beleza natural da região, o encanto que exerce sobre os visitantes de Balneário Camboriú, foram decisivos para que ele aceitasse o convite de Eduardo. Em plena contradição, afirma que quase não vai à praia, que foi o motivo principal que o levou a mudar-se de Porto Alegre para Balneário Camboriú.
Pedro estudou na UNISINOS, formando-se em Gastronomia. Sempre sentiu a necessidade de cozinhar, de experimentar, de criar.
A vida girando, em torno do Flambô, não é fácil. Há muito estresse em determinados momentos e muito espaço para crescer e criar, ao mesmo tempo, Ele participou desde o início na organização da casa, na montagem do cardápio e nos detalhes que fazem a diferença.
A ideia central, segundo ele, é fidelizar com a qualidade dos produtos servidos, sempre procurando inovar, surpreender, apresentando experiências marcantes e que perdurem na mente dos clientes.
A inovação é importante, servindo produtos diferentes e nobres. O cardápio está inspirado em várias culturas gastronômicas. Há toques orientais, espanhóis, do Rio da Prata, gaúchos, etc. Estão sempre testando novas opções, novos sabores, apresentações diferentes. Há uma reinvenção constante, pautada no gosto e na aceitação dos clientes. Por esse motivo, as mudanças no cardápio são constantes e normais. A ideia é oferecer experiências que surpreendam, oferecendo um hambúrguer gourmet e artesanal, algo que marque e faça a diferença.
Para Pedro, Eduardo é uma pessoa muito responsável, comprometida, que abraça com energia o trabalho e tem uma atitude positiva, sendo firme e, ao mesmo tempo, um paizão com os colaboradores.
Os amigos e conhecidos de Eduardo sempre destacam características que são marcantes nele. Tem facilidade para se relacionar, consegue criar laços de amizade rapidamente e, de certa maneira, é um tanto teimoso.
Essa teimosia, sem dúvidas, é um ingrediente importante para desenvolver sua atividade profissional e para fortalecer seu desempenho como empresário.
Afirma Fernando, irmão de Eduardo, que ele é criativo, enxergando longe e percebendo oportunidades que a maioria das pessoas não enxergam. Tem excelente visão para os negócios e não tem medo de mudar o rumo se acha que está errado. Assim aconteceu quando resolveu largar sua atividade como advogado e resolveu se tornar um empresário com todos os riscos e desafios que isso significa.
A família sempre fica apreensiva com as mudanças de rumo de Eduardo, pois em mais de uma ocasião ele optou por atitudes radicais, mudando totalmente seu destino.
Porém, sua visão, sua dedicação ao trabalho, seu comprometimento, sua “teimosia” em alguns momentos, começam a dar seus frutos. Ele conseguiu montar, desenvolver e fortalecer a melhor hamburgueria da região, fato confirmado e chancelado por vários sites e publicações e, principalmente, pela preferência de um público exigente.
A empreitada sempre deu certo. Bastava passar os olhos pelas avaliações dos clientes, pelo sorriso deles de felicidade, pelo clima de satisfação que reina no ambiente. Os frequentadores do Flambô eram a melhor certificação para o local, claro sinal de aprovação para o esforço diário e constante de uma equipe impregnada das ideias e motivações de Eduardo.
Navegando pela internet, mais exatamente no site do Flambô Burger encontramos uma explicação divertida, engenhosa, que nos faz abrir um sorriso. Sem dúvidas tem a cara e a genialidade de Eduardo nela:
“Nossa história começa em 2007 na cidade de San Diego, California. No dia 4 de Julho, fomos abduzidos por uma tribo de extraterrestres proveniente do planeta XyZ420, que nos teletransportou até a sua plantação clandestina de bacon artesanal. “Experimente, terráqueo!”, soou aquela voz esquisita ecoando pelas paredes da caverna escura.
Desde então, passamos a percorrer os quatro cantos do planeta tentando reencontrar (sem sucesso) a caverna do bacon perdido e recolhendo experiências gastronômicas pelo caminho. Cansamos dessa correria mundana e resolvemos fincar nossa primeira estaca na Brava de Itajaí, construindo aqui um Universo paralelo perfeito e repleto de burgers!
Por opção, valorizamos o desprendimento e a informalidade. Oferecemos a fartura do american burger embebido em Jack Daniel’s pegando fogo. Exaltamos o sabor e as combinações inusitadas de ingredientes para surpreender o seu paladar.
– Mas é só um hambúrguer…
– Mais respeito, terráqueo! Pra nós é um estilo de vida, é a expressão do nosso amor pela liberdade, pela culinária e suas infinitas possibilidades.
Somos tão legais que deixamos você montar seu burger como quiser. Mas se a fome estiver atrapalhando o raciocínio, pede logo alguma das sugestões do Chef.
Amamos vocês!”
Nada na vida pode ser feito sem amor. Os grandes chefs sabem muito bem disso e as cozinheiras das comidas mais simples, também. Cozinhar é um ato de amor. “Não podemos cozinhar se não gostamos de pessoas.” (Joel Robuchon). Essa é uma grande verdade e, sem dúvidas, é o pensamento de Eduardo.
A experiência de saborear um prato deve ser um chamado a todos nossos sentidos. A visão, a apresentação do prato, o aroma que imediatamente acelera nossas glândulas gustativas, o gosto, o sabor (provocando sensações em um espaço tão pequeno como é nossa língua), a textura, o som de ingredientes crocantes quebrando-se, tudo tem que nos levar a uma experiência única.
Esse era e continua sendo o pensamento de Eduardo: amor no momento de produzir, de elaborar, carinho no momento de servir, criando uma experiência marcante, partindo de um simples prato que se transforma num momento único e que aproxima da felicidade.
Thomas Keller afirmou que “uma receita não tem alma. Você, como cozinheiro, deve adicionar alma à receita.”
Será esse o segredo do Eduardo? Dar alma às receitas que com tanto esforço testaram, melhoraram, modificaram?
Julia Child, a americana que levou, de uma maneira simplificada a cozinha francesa para os Estados Unidos da América, escreveu: “Esse é o meu conselho: aprenda a cozinhar, experimente novas receitas, aprenda com seus erros, não tenha medo e, acima de tudo, divirta-se”.
Eduardo, com certeza, seguiu o conselho da famosa americana, que sofreu muito preconceito na França, quando começou a se interessar pela cozinha francesa.
O amor e alma não faltam na seleção dos produtos, na combinação dos ingredientes, na elaboração final. Detalhes importantes que o cliente percebe quando chega a sua mesa um prato cheiroso, visualmente atrativo, com sabor agradável e carregado de sensações envolventes.
De certa maneira, o garoto que surfava em todas aquelas praias que apareciam em sua vida, saiu da prancha de surf e está surfando em outras águas. Longe dos caminhos tortuosos da lei, afastado de um mundo que acho era seu, e totalmente impregnado da sua nova missão na vida: criar, produzir e servir com prazer, reinventando a gastronomia a cada dia e cada vez mais.
O caminho está traçado, a meta está lá, no horizonte, renovando-se cada dia. Eduardo tem mil ideias para o futuro próximo e para o futuro distante. Há uma realidade nacional que pesa, mas também há perseverança, visão, entusiasmo, vontade louca de vencer, de derribar velhas verdades, de proporcionar renovadas e inéditas experiências.
Seu sobrenome já carrega a gastronomia, sua alma já faz parte deste mundo e novos projetos mostrarão que mudar e transformar o mundo ao seu redor torna tudo muito mais interessante.
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