Raízes italianas em terras catarinenses
Em Gaspar (SC) existe um bairro chamado Barracão. É um bairro que faz divisa com Brusque, Ilhota e Itajaí. Tem no seu DNA muito sangue italiano. Para lá vieram, no final do século XIX, por volta de 1875, muitos imigrantes italianos, além de tiroleses, suíços e outros. Eles chegavam ao Brasil pelos portos do Rio de Janeiro e de Santos, depois eram levados para Itajaí e aí subiam pelo Itajaí – Mirim.
Assim que chegavam a Gaspar eram acomodados num barracão, construído para abrigar esses imigrantes, até que fossem demarcados seus lotes e construídas suas moradias. Dessa moradia improvisada, em terras brasileiras, nasceu o nome do lugar: Barracão.
Uma das famílias que vieram, para tentar uma vida nova na América do Sul foi a família Fantoni.
Outra família oriunda da Europa, mais precisamente da Alemanha e da Itália, foram os Wilbert e os Benvenutti, os bisavós de Maria de Lourdes.
Sérgio Fantoni nasceu pouco depois do fim da II Guerra Mundial, justamente quando estava começando a Guerra Fria. Nasceu ali, em Gaspar, no dia 30 de setembro de 1947 e realmente não estava preocupado com os conflitos mundiais. Outras preocupações passariam pela sua infância e juventude. A principal delas: sobreviver.
Seus pais José Fantoni (o popular Zé do Vinho) e Ida Russi Fantoni, vinham de uma geração de muito trabalho e de muita persistência, mesmo que tudo estivesse conspirando contra. Além de Sérgio, eles tiveram outros filhos: Reinaldo, Gentil, Osni, Ivete, Isolete, Maria, Jurema e Ivone.
Sérgio Fantoni lembra que desde muito pequeno foi obrigado a trabalhar. Em Gaspar o pai plantava cana, fumo e outras coisas. A vida era muito dura, com muita pobreza e dificuldades.
Daquela época ele tem algumas lembranças engraçadas, uma delas é que o pai, ele e seus irmãos levavam cana de açúcar para um Alambique, para servir de matéria prima para a cachaça, o transporte era feito num carro de boi. Chegando lá, o pai, que não por menos tinha o apelido de Zé do Vinho, dava um jeito de tomar umas cachaças purinhas. Na volta para casa, eles traziam no carro de boi um barril cheio de cachaça, encomenda feita por um comerciante. A estrada, logicamente, não era nem perto do que é hoje, tinham amontoado material que logo seria colocado no caminho, para tapar buracos e deixar a via transitável. Eles voltavam e os bois não escolhiam caminho. Lá ia o Zé do Vinho (dizem que ele tomava de seis a sete garrafas de vinho por dia, mas não faltava nunca ao trabalho) meio adormecido, o barril se mexendo de um lado para o outro e os garotos tentando segurar. Até que, em determinado momento, o barril acabou virando o carro de boi e rolando para o outro lado da estrada. Foi divertido e trabalhoso virar o carro, colocar o barril encima e continuar até o destino. Parece que Zé do Vinho acordou, virou para o lado e continuou dormindo.
Sérgio gostava de caçar passarinhos. Tinha vários, tantos que o pai o apelidou de Gaioleiro. Hoje, afirma, tem a mesma paixão pelos pássaros, mas não os engaiola mais. Prefere fornecer alimentos e água, e torcer para que eles voltem e alegrem seu quintal. Aprendeu que a liberdade é um bem divino e maravilhoso.
Aos doze anos de idade, a família se mudou para a região do Braço, em Camboriú (SC), procurando melhorar de vida. Vieram plantar, principalmente arroz, além de criarem gado. Plantaram em vários lugares, mas acabaram se estabelecendo no Rio Pequeno. Ali, Sérgio ajudava com os bois que puxavam o arado. Ajudava guiando os animais, tirando-os do atoleiro, quando necessário, direcionando seus passos para que o trabalho ficasse bem feito.
Zé do Vinho chegou ao Rio Pequeno avisando: “Prendam suas cabras que meus bodes estão soltos”. Ele e a família se instalaram num terreno que ficava em frente ao terreno de Artur Wilbert e Emília Benvenutti Wilbert, pais de Maria de Lourdes que, num futuro próximo, passaria a integrar o grupo familiar dos Fantoni. Maria de Lourdes tinha mais oito irmãos: Natália, Evelina, Carlos, Luiz, Antônio, Hélio, Valdir e Idalete.
Naquele local tinha um campo de futebol, muito frequentado pelos habitantes da região.
Sérgio lembra que sua infância foi muito sofrida. Ele e os irmãos não tinham, por exemplo, calçados e iam descalços para o colégio. “Era uma vida sofrida, mas feliz, gostosa”, ele afirma com um sorriso.
Por serem vizinhos, Sérgio e Maria de Lourdes se aproximaram, apesar de todas as dificuldades que eram impostas pela família dela, principalmente pela mãe, que exigia uma disciplina rígida e não duvidava em aplicar castigos físicos se fosse necessário. Maria de Lourdes apanhou quando teve a ousadia de cortar uns galhos de um pé de mamão, só para olhar quando Sérgio saia na porteira, indo para o trabalho ou para outro lugar. A mãe descobriu o motivo da poda do mamão e Maria de Lourdes não escapou do castigo.
Assim, jovens e cheios de energia e ilusões, eles se viam na missa de domingo, e de vez em quando, de longe, durante outros dias. Quando começaram o namoro não tinham trégua, sempre tinha alguém da família de Maria de Lourdes com todas as antenas ligadas, vigiando-os. Isso quando eles andavam lá pelos dezoito anos de idade.
Maria de Lourdes também teve uma infância sobrecarregada de trabalho e de lutas. Ela conta que sua mãe era muito rígida, durona e exigente, impondo uma disciplina draconiana. Já seu pai era uma pessoa muito carinhosa, proporcionando momentos agradáveis para a pequena Maria de Lourdes e seus irmãos.
Pela parteira que a ajudou a vir ao mundo, ela estava predestinada a morrer logo, sem se criar, pois tinha nascido com muitos problemas, mas ela venceu essa primeira batalha e foi adiante.
Ela chegou até a 4ª série do Ensino Fundamental. Tinha dificuldades para acompanhar as aulas. Por esse motivo, lembra com carinho da professora Odete Ramos Poltronieri que a ajudou muito, acompanhando pessoalmente o aprendizado de Maria de Lourdes.
Antes de noivar e casar, Sérgio abandonou por uns meses o campo e foi trabalhar cortando pedra, mármore, procurando melhorar de vida.
Quando casaram, com a ajuda do tio Ambrósio e do Vitalino (irmãos de Emília Benvenutti, mãe de Maria de Lourdes) que emprestaram dinheiro para Sérgio e Maria de Lourdes comprarem as madeiras para construírem uma casinha simples. Porém, seus pais José e Artur, não ofereceram um pedaço de terra para eles começarem suas vidas, o motivo alegado foi que não podiam provocar invejas e atritos entre os irmãos.
Eles não ganharam nada quando casaram. O pai de Maria de Lourdes comprou uma máquina nova de costura para dar de presente de casamento para a filha, mas a mãe simplesmente a trocou por uma máquina velha e ficou com a nova.
Sérgio Fantoni, já casado, foi tentar a sorte em Blumenau (SC). Lá ele foi para a casa de um parente, que trabalhava no setor de pessoal de uma grande empresa. Ele era acostumado a comer todos os dias polenta com carne, com peixe, com frango, uma refeição forte, ideal para ajudar a enfrentar o trabalho pesado do campo. Quando chegou a Blumenau ele sofreu um pouco com a mudança de vida. Simplesmente ele não sabia comer com talheres e nem se adaptou ao tipo de comida. Comenta que passou fome naquela época.
Maria de Lourdes continuou morando com os pais em Camboriú, durante alguns meses, enquanto Sérgio trabalhava em Blumenau. Quando a primeira filha do casal, Mari Inez, completou três meses, eles venderam as madeiras que eram para construção de uma casa e foram, agora com a família completa, para morar em Blumenau.
Sérgio trabalhou, naquela cidade, em duas tecelagens e uma indústria de fumo, fazendo muitas horas extras para sustentar a família e pagar o aluguel do imóvel no qual moravam. A filha Mari Inez estava constantemente doente, e Maria de Lourdes muitas vezes frequentou o hospital buscando ajuda para sua pequena.
A vida na terra da Oktoberfest, que ainda nem existia, não foi uma maravilha para Sérgio. Ele percorria muitos quilômetros de bicicleta, com sol ou com chuva, durante o dia ou tarde da noite. Mesmo com tanto trabalho e sacrifício, parece que sobrava um tempinho para curtir uma paixão: jogar bocha. Quando tinha um dia livre, se juntava com a turma de conhecidos e iam jogar. Como Sérgio era muito bom, sua equipe quase sempre ganhava, levando o prêmio, geralmente umas quantas cervejas, carne ou quantia em dinheiro que faziam a alegria da turma. Até hoje Sérgio guarda as medalhas que ganhou na bocha.
Um dia resolveram voltar para Camboriú e tentar melhorar de vida, já que esperavam o segundo filho. Venderam o pouco que tinham em Blumenau e compraram um salão de baile velho e caindo aos pedaços, no bairro Rio Pequeno de onde haviam saído. Assim nasceu o Bar e Salão Cardeal que fez sucesso inusitado na região, recebendo gente que queria dançar, beber e se divertir de vários bairros da cidade e até de outras próximas. O nome, com certeza, veio do passarinho que Sérgio tinha numa gaiola: um cardeal. Foi nessa época que nasceu a segunda filha do casal: Andréia.
Contam que depois de cada noitada de bailes intensos, algumas tábuas do piso cediam e lá tinham que ir arrumar para enfrentar o próximo arrasta pé. Sérgio afirma, com um olhar contemplativo: “Casei muita gente nesse salão, mas separei muita gente também”.
A situação econômica começou a melhorar. Maria de Lourdes queria investir em terrenos, Sérgio na reforma do local, já que dali vinha o principal sustento da família. O tempo provou que a esposa estava certa. O novo salão parece que perdeu o encanto e com o tempo o movimento caiu muito. Eles venderam o salão e compraram um terreno, com uma casa já pronta, muito velha. Sérgio foi trabalhar num sacolão em Balneário Camboriú.
Maria de Lourdes, para ajudar na alimentação familiar, pois as coisas tinham se complicado novamente, começou a plantar no quintal de casa. Naquela época já tinham mais uma filha, Andréia e Mari Inez já corriam pelas ruas de terra na sua bicicleta azul, presente do pai, esbanjando toda a energia dos seus dez anos de vida.
Foi Mari Inez que teve a ideia de começar a vender o que a mãe produzia no quintal. Seu argumento era simples e forte: todos estão vendendo alguma coisa. Vendem sapatos, roupa, pão, balas, por que ela não podia vender verduras? Tanto insistiu que a mãe apoiou a iniciativa.
Mari Inez adaptou uma caixa de plástico na bicicleta e lá colocava o que a mãe preparava para ela: molho com quatro beterrabas, outro com cinco cenouras, unidades de repolho, alface e molho de salsinha, cebolinha e manjericão. Ela saía e vendia tudo. Quando alguém não tinha dinheiro, ela aceitava outros produtos em troca. Voltava para casa com dinheiro, linguiça, morcilha, pão de forma, puxa-puxa, tinha se revelado uma verdadeira negociante.
Esse foi o embrião da empresa Verduras Fantoni. Com o tempo, o pai largou o trabalho que fazia em outra empresa e começou a se dedicar a plantar e vender. Surgiu a necessidade de ter um veículo para alcançar e atender um público maior.
Maria de Lourdes ficou sabendo que estavam vendendo uma Kombi e sugeriu que fossem lá ver o preço. Sérgio foi todo o caminho perguntando como iriam pagar, pois o dinheiro continuava curto e escasso. Ela dizia para não se preocupar, que iriam dar um jeito. Em realidade, ela tinha guardado cada centavo que sobrava, quando sobrava, e já tinha o dinheiro para comprar o veículo usado. Chegaram lá e conversaram com o dono. Sérgio estava indeciso, pois não via como iriam pagar. Ela perguntou se tinha gostado, ele falou que sim. Então, Maria de Lourdes falou: a Kombi é do Sérgio. Dali foram para o banco, ela retirou o dinheiro e compraram o veículo que deu uma alavancada no incipiente negócio.
Sérgio e Maria de Lourdes tiveram cinco filhos: Mari Inez, Andréia, Luciana, Sérgio Ricardo e Luiz Antônio.
Mari Inez começou a trabalhar fora muito cedo, já com quatorze anos assinou sua carteira profissional. Sempre foi dedicada aos estudos. Fez o percurso casa x escola e escola x casa a pé, fazendo sol ou chuva. Cursou Secretariado, Magistério, foi estudar História na faculdade, aprofundando seu conhecimento em Estudos Sociais. Quando resolveu fazer Pedagogia se frustrou um pouco, o Magistério já tinha dado tudo o que ela precisava para empreender sua vida de professora. Destacou-se como professora e como diretora de colégio, sempre aprofundando nos estudos, para estar preparada para novos desafios.
Maria de Lourdes Fantoni, conta que Mari Inez era bastante brigona quando criança. Já Luciana era quietinha e muito trabalhadora. Com ela, a mãe ia plantar verduras antes do amanhecer, para estar tudo pronto quando o sol nascesse. Andréia também tinha um ar de brigona, principalmente quando acabava de limpar a casa: ninguém podia entrar!
Andréia, também lecionou por um tempo, mas conseguiu se realizar profissionalmente na CDL de Camboriú, onde coordena as atividades a mais de 20 anos. Luciana, com um perfil diferente, ficou perto da mãe e do pai, oferecendo todo o suporte necessário na lida com as verduras. Quando os pais resolveram se aposentar das atividades, ela e o marido assumiram os negócios, dando um upgrade na empresa.
Sérgio Ricardo, que era muito grudado na sua irmã Mari Inez, também ficou perto dos pais, trabalhando na horta. Iniciou o curso de Direito, mas resolveu trancar a matrícula, quando reconheceu que tinha habilidades e gostava da construção civil.
Luiz Antônio, o caçula, como todos os irmãos, desde pequeno ajudou na roça. No começo, quando tinha menos de seis anos, ficava em casa com Andréia, que cuidava de tudo no lar. Parece que um dia ele teve uma “briguinha” com a irmã, então o pai resolveu que estava na hora dele enfrentar o trabalho na horta. Ele levava o lanche para os familiares e funcionários que lá trabalhavam. Basicamente o lanche era pão com algum doce. Luiz solicitava que o seu fosse pão com margarina e açúcar. Além dos pães, ele levava café.
Na roça, no começo, Sérgio Ricardo e Luiz Antônio faziam trabalhos mais leves: levavam um carrinho de mão cheio de repolhos, balaios de cipó com alface e outras verduras para o galpão, onde tudo era lavado e preparado para entregar aos clientes. Eles, com a ajuda de sua irmã Luciana, limpavam a cebolinha, retirando partes secas e entregavam para a mãe, que preparava o molho composto por salsinha, cebolinha e manjericão.
Quando maiores, Sérgio Ricardo e Luiz Antônio começaram a trabalhar na rotativa. Eles nunca tiveram trator grande. A máquina maior foi a tobata, muito usada pelos pequenos agricultores. Eles aravam a terra, faziam valos e emparelhavam com a enxada os canteiros.
Logo após finalizar o ensino médio, Luiz Antônio iniciou a faculdade de Administração, recebeu um convite para trabalhar em uma contabilidade em Balneário Camboriú, então aceitou com o apoio da família. Após a graduação, Luiz Antônio fez outros cursos voltados a área de Recursos Humanos, além de uma MBA em Gestão de Pessoas, o que elevou sua carreira e lhe deu a oportunidade de coordenar equipes de trabalho em grandes empresas da região.
A mãe não descuidava dos filhos, estava sempre de olho nas suas notas, nos seus desempenhos escolares, entendendo que o futuro deles estava ligado a educação.
Os cinco filhos cresceram e cada um seguiu o seu caminho.
Mari Inez casou e se tornou mãe da Jhenniffer Fantoni Schneider, divorciou-se. Há vinte e três anos é casada com o Alcides Amaral e ganhou uma enteada, Mônica. Dessa união nasceu a Lethícia Fantoni Amaral, hoje com doze anos de idade. Mari Inez é funcionária efetiva na Prefeitura de Camboriú.
Andréia está casada com Péricles Augusto Testoni. O casal dos filhos: Mariana Fantoni Testoni e Pietro Fantoni Testoni. Andréia trabalha na Câmara de Dirigentes Lojistas de Camboriú (CDL) desde o início da empresa.
Luciana casou com Cidnei Olavo Souza Machado, tornou-se mãe de Ana Carolina Fantoni Machado e João Victor Fantoni Machado.
Sérgio Ricardo é solteiro, mora com os pais. Teve dois relacionamentos que resultaram em duas filhas, Lara Heining Fantoni e Ana Clara da Silva Fantoni. É participante ativo, junto com o pai, do grupo do Terço dos Homens, na igreja Católica. Trabalha em Balneário Camboriú.
Luiz Antônio é casado com Joana da Veiga Fantoni, são pais da Helena Fantoni. Atualmente trabalha na empresa Móveis Rocha, em Camboriú.
Sérgio e Maria de Lourdes Fantoni são muito orgulhosos da família que formaram. Em meio a tantas dificuldades enfrentadas, hoje eles lembram o passado com carinho. Em muitos momentos, reúnem-se ao redor da mesa da cozinha, e buscam na memória, situações engraçadas e histórias vividas e contam para os membros mais novos da família.
A árvore genealógica dos Fantoni, de Camboriú, remete a terras italianas. Em algum momento, lá pelos fins do século XIX, seus antepassados chegaram a terras catarinenses. O lugar escolhido para eles foi Gaspar. Depois, devido a muitas circunstâncias, principalmente de sobrevivência, eles vieram para Camboriú e acabaram construindo uma nova realidade.
A família de Sérgio e Maria de Lourdes faz parte da história da cidade de Camboriú, principalmente pela sua força de vontade, sua garra e o esforço constante para vencer a adversidade.
A história de uma cidade, de uma comunidade, de um país, se constrói assim, com gente disposta a dar muito além do seu suor para mudar a realidade dura e hostil, com homens e mulheres dispostos a irem além das suas forças para construir um mundo melhor.
Os Fantoni que vieram para esta região deram e continuam dando sua contribuição para alcançar realidades mais amenas e agradáveis.
Sérgio Fantoni e Maria de Lourdes, os pais de Mari Inez, Andréia, Luciana, Sérgio Ricardo e Luiz Antônio, reúnem a cada Natal e a cada Ano Novo, familiares e amigos na casa da família para festejarem a vida, para celebrarem o fato de estarem vivos e de terem lutado a boa batalha. E, contra todas as previsões, terem vencido. Os vizinhos e até os moradores mais de longe, podem assistir no céu do bairro Rio Pequeno, o brilho colorido da queima de fogos dos Fantoni.
A família se forjou no sacrifício, na luta e cresceu no amor. Eles se sentem unidos e refletem o amor que Sérgio e Maria de Lourdes depositaram neles, no amor que praticaram todos os dias, mesmo nos momentos mais difíceis.
Esta é a história de uma família que soube navegar pela vida, enfrentando maremotos, vencendo tristezas, sem deixar de apoiar-se um no outro, praticando a compreensão e o amor.
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