Sem esforço nada acontece.
Rodrigo Cândido da Silva teve uma infância um tanto diferente. Nascido em Londrina (PR) no dia 05 de maio de 1981, se acostumou, desde pequeno a viajar pelo Brasil.
Seu pai, Valdeleis Cândido da Silva, trabalhava para uma rede de supermercados e uma das suas funções principais era organizar, abrir e dar o pontapé inicial em novas unidades da rede. Por esse motivo, praticamente ele e a família tinha que mudar de cidade, e às vezes de estado, mais ou menos de seis em seis meses.
Tanta mudança poderia ter atrapalhado os estudos e até o relacionamento familiar. Porém, aconteceu justamente o contrário. Rodrigo não teve problemas para frequentar o colégio, independente da cidade onde estava. Também não teve problemas de relacionamento com a família, tanto que até hoje trabalham juntos, ele e o pai.
Em 1989, com oito anos de idade, ele veio com a família para Balneário Camboriú (SC). Foi o fim de uma etapa de vida itinerante, pulando de cidade em cidade durante muitos anos.
Com sua personalidade envolvente, conseguia fazer amizade com muita facilidade.
Não era um aluno muito estudioso, afirma ele, nem muito focado nos estudos, mas prestava atenção durante as aulas, conseguindo com isso passar de ano sem muitos problemas. Ele nunca reprovou, gostava de ir para a escola e não tinha problemas com colegas ou professores. Sua matéria preferida: Matemática.
Segundo ele, tudo gira ao redor dos números, tudo é feito ou acaba em números. A vida é feita de números.
Ele lembra que, apesar das mudanças constantes, teve uma infância boa, divertida, com boas lembranças e momentos marcantes. Talvez devido à época, ao momento histórico, à sensação de segurança que se tinha, tudo parecia menos complicado para a criançada, inventando e reinventando brincadeiras, curtindo a vida sem maiores problemas.
A criação dos filhos, afirma Rodrigo, era diferente. A realidade era outra. Existia uma forte sensação de segurança. Podiam brincar na rua, andar de bicicleta, jogar bola com os amigos, sem ter medo. Tudo parecia mais fácil, mais divertido, mais seguro. Obviamente, de vez em quando levava um puxão de orelhas, por algum deslize, pequenas escorregadelas próprias da infância e da adolescência.
Rodrigo começou a trabalhar aos doze anos, por opção, seguindo os passos do seu pai, Valdeleis Cândido, que começou a trabalhar com quatorze anos, com um alfaiate, com quem aprendeu o ofício e do qual acabou herdando o negócio.
Rodrigo, nesse seu primeiro trabalho, ainda na adolescência, centralizou sua vontade imensa ter uma atividade, aprender coisas novas. Ele tinha uma tendência, uma curiosidade, por desmontar coisas, ver como funcionavam, descobrir, investigar, entender o funcionamento, os mecanismos. Assim, começou a trabalhar numa oficina mecânica, quando já tinha aportado com a família em Balneário Camboriú (SC). Ele gostava de carros em geral e tinha muita curiosidade para entender como funcionavam e como eram por dentro. Aprendeu muito nesse primeiro trabalho. Até hoje mexe no próprio carro e mantêm intacta sua curiosidade pelas máquinas.
Seu primeiro emprego, ainda adolescente, lhe rendeu amizades que perduram até hoje.
Depois do Ensino Médio, ingressou na UNIVALI com a intenção de cursar logística, que era a onda do momento, considerando a posição estratégica de Balneário Camboriú, Itajaí e Navegantes, assim como o desenvolvimento do comércio nacional e internacional. Tudo parecia receber vento a favor, impulsionando a economia.
Não se adaptou ao curso. Rodrigo não conseguiu gostar do idioma inglês, não consegue se deixar levar por uma das línguas que hoje domina o comércio mundial.
Depois de dois anos, cursa cinco semestres de design de interiores. As exigências do curso, principalmente em relação a viagens técnicas periódicas, foram um obstáculo. Ele não conseguiu conciliar o trabalho e o estudo.
Sua vida profissional, como já fora mencionado, começou aos 12 anos, trabalhando numa oficina mecânica, onde treinou sua curiosidade pelas máquinas e suas engrenagens. Passou por uma gráfica, como office boy, durante dois anos e chegou à Contabilidade Real.
Ali começou como office boy, foi promovido para o Departamento Fiscal e, depois, para o Departamento de Pessoal. Foi na Contabilidade Real onde aprendeu desde a parte fiscal, passando pelo contábil, até chegar ao RH. Isso lhe proporcionou uma base que aplica até hoje nos seus empreendimentos.
Rodrigo afirma que esse trabalho foi uma verdadeira faculdade para ele, proporcionando uma base muito importante de conhecimentos, algo que o ajudaria no seu futuro profissional. Tem gratas recordações dessa época e expressa carinho pelo que considera uma preparação para sua vida como administrador de empresas, como empreendedor.
Quando apresentou sua carta de demissão, Beto, o seu patrão, rasgou o pedido, não queria perder um funcionário comprometido, eficiente e dedicado ao trabalho. Rodrigo acredita que, posteriormente, o ex-patrão ficou feliz pelo caminho percorrido por ele. A responsabilidade e o comprometimento de Rodrigo fizeram com que o reconhecimento acontecesse naturalmente.
Rodrigo saiu da empresa com um pouco de tristeza. Ele tinha um carinho especial pela mesma, até hoje considera que aquela empresa foi fundamental para sua formação.
Ele não se demitiu para aventurar num novo emprego, em outro lugar. Saiu para atender um pedido de ajuda do seu pai, que estava precisando de alguém de confiança para ajudar na administração da empresa da qual era sócio, junto com seu cunhado Diamantino.
Depois de rodar por muitas cidades do Brasil, o pai inaugurou uma nova loja para a rede de supermercados. Nessa última unidade ele teve um problema grave. Como sumiam muitas bebidas, ele se preocupou pessoalmente de desvendar o mistério. Descobriu quem era o autor, um bandido preparado para roubar descaradamente.
O autor dos furtos foi pego, Valdeleis deu uma chance para ele devolver o que estava furtando, mas ele não aceitou. Foi pedida a presença da polícia e posteriormente registrado o boletim de ocorrência. O homem, sem se intimidar com a presença do delegado, ameaçou o pai de Rodrigo, afirmando que conhecia a família, sabia onde moravam e que, assim que fosse liberado, ia se vingar. E a vingança seria terrível!
Foi um momento de muita tensão na vida da família. O pai resolveu mudar de cidade, saindo do trabalho, vendendo tudo o que tinha e mudando totalmente de vida.
Afortunadamente, quase ao mesmo tempo, surgiu a oportunidade de assumir uma empresa em Santa Catarina, fizeram as malas e vieram para Balneário Camboriú, reiniciando sua vida, agora como empreendedor.
Valdeleis acompanhou, bem de longe, o destino do ladrão que o ameaçou. O bandido acabou saindo da cadeia, envolveu-se num assalto e acabou sendo morto pela polícia, agora Valdeleis poderia viver mais tranquilo.
Rodrigo Cândido deixou seu trabalho na Contabilidade Real e veio trabalhar na empresa da família, onde já estavam seu pai e seu tio Diamantino, um português que fugiu da guerra civil do seu país, aos treze anos, vindo para o Brasil. Ele ajudou a família de Valdeleis a encontrar uma saída naquele momento complicado.
No começo a dificuldade maior de Rodrigo foi entender em sua totalidade a operação da empresa. Para realmente saber exatamente como funcionavam os diferentes processos da empresa, ele passou por todas as etapas e funções da empresa. Pouco a pouco foi montando as diferentes peças daquele quebra-cabeça que era para ele a empresa. Depois de dominar toda a operação, em seus mínimos detalhes, enfrentou outra dificuldade. Ele quis implantar modificações, tudo de uma só vez, provocando uma verdadeira revolução na empresa.
Essa passagem por todos os setores da empresa lhe deu o entendimento necessário para iniciar seu processo de administração. Pretender modificar o andamento da empresa com a energia própria da juventude criou um pouco de desconforto, que ele conseguiu vencer com o apoio da família e dos colaboradores.
A confiança do pai e do tio na sua capacidade e no seu trabalho foi fundamental para alavancar e deslanchar a empresa. Para isso contou com o apoio da equipe de colaboradores, que unidos conseguiram vencer os obstáculos.
Rodrigo tinha 19 anos quando começou na empresa familiar, isso tem que ser destacado, pois mostra seu foco e sua capacidade para vencer barreiras e abrir novos caminhos, apesar da sua juventude.
A WM é hoje uma empresa muito sólida, com produtos de qualidade, excelente atendimento e em constante melhoria. Ela atende pedidos de todo o Brasil.
Os seus clientes são seus maiores propagandistas, a satisfação pelo trabalho apresentado pela empresa são fortes referências e atestam o nível de qualidade alcançando pela WM.
Quiçá o incidente que mudou o destino da família, quando o pai de Rodrigo foi obrigado a denunciar um ladrão, foi como alcançar a sorte grande, já que deu oportunidade ao pai, ao tio e ao próprio Rodrigo de desenvolver uma atividade empresarial que os levou ao sucesso.
Na sua juventude, Rodrigo teve um relacionamento curto que lhe concedeu o privilégio de ter um filho, Vitor, por o qual ele nutre um carinho todo especial. Rodrigo se considera um bom pai, sempre preocupado com o filho, com seu futuro, procurando estar, de alguma maneira, sempre presente. O fato do relacionamento não ter dado certo não foi impedimento para que ele assumisse seu papel de pai com responsabilidade e alegria.
Atualmente ele está casado com Daiana, nascida em Imbituba (SC), mas morando sempre na região, primeiro em Brusque (SC) e depois em Itajaí.
Eles se conheceram por um aplicativo. Trocaram mensagens e se encontraram. Deu certo. Nasceu assim uma relação sólida e amorosa que, com naturalidade, prolongou-se para os negócios. Juntos, inauguraram a Bouttique Cosméticos.
Quando questionado sobre essa nova frente de negócio na sua vida, Rodrigo respondeu que sempre teve vontade de ter um negócio próprio e que já vinha pesquisando esse nicho de mercado, percebendo que poderia inovar e criar algo diferente.
Camboriú foi a cidade escolhida pelo gosto pessoal dele e porque acredita que tem um espaço imenso para crescer, para desenvolver seu negócio.
Enquanto as dificuldades para abrir e estabelecer-se, afirma que foram as normais de qualquer empreendimento novo. A parte financeira pesou bastante, mas conseguiram sair adiante.
Um dos diferenciais da loja foi a oferta de cursos, abrindo um espaço inovador e atraindo clientes e potenciais clientes. A loja exige atenção constante tanto no atendimento quanto no cuidado do estoque. O leque de produtos oferecidos é muito grande e deve ser administrado com sabedoria.
Daiana cuida do cotidiano da Bouttique e Rodrigo da administração da mesma, o que acabou sendo uma combinação perfeita.
Mesmo tendo sucesso na sua vida empresarial, Rodrigo afirma que ser empresário no Brasil é muito difícil. O empreendedor sofre na mão do governo e, muitas vezes, se vê numa rua sem saída.
Ele lembra com tristeza de um momento marcante na sua vida de empreendedor. Lá por 2002 resolveram comprar uma empresa, cujo dono tinha se suicidado ao perceber que estava quebrado. Era uma empresa que vendia para todo o Brasil, produzindo com excelência e pontualidade. Ela fabricava e distribuía puxadores para móveis e seus produtos eram muito requisitados e bem avaliados. No momento, a aquisição da empresa pareceu uma boa opção, mesmo sabendo dos problemas que ela enfrentava.
Não conseguiram vencer a concorrência impiedosa da China nem a forte carga tributária, o famoso e famigerado custo Brasil. Tiveram que fechar a fábrica em 2008, depois de esgotar todas as tentativas de recuperação e crescimento. Esse é um dos exemplos que ele tem de como é difícil ser empresário no Brasil.
Rodrigo teve uma incursão na política local. Em 2012 foi candidato a vereador pelo PR, na cidade de Camboriú.
Sua candidatura foi recebida com entusiasmo por grande parte da população, Rodrigo tinha cultivado, ao longo dos anos, uma imagem de empresário sério, comprometido, atento aos problemas sociais e as necessidades da população de Camboriú.
Na época da sua candidatura recebeu apoio de muitas pessoas, confirmando que era uma boa opção para a política local. Porém, acabou desistindo, mas afirma que foi um aprendizado muito importante para ele. Acredita que no futuro poderá voltar e tentar fazer algo para melhorar a cidade, para aportar seu conhecimento administrativo à comunidade, mesmo reconhecendo que a atividade política tem pontos negativos, assim como os positivos que o animam a tentar, quem sabe, num futuro próximo.
Ele se enxerga como uma pessoa do bem. Bom pai, bom filho, pontual, dando sua palavra se obriga a cumprir. Acredita que seu maior defeito é ser teimoso. Porém, se estiver errado, sacode a cabeça e vai adiante, sem deter-se muito no erro. Talvez a teimosia não seja somente isso, senão persistência, insistência, firmeza no pensamento quando acredita que está com a razão, que está percorrendo o caminho certo.
Voltando a história de Rodrigo e Daiana, ela conta que no início não pensava num relacionamento, talvez só estivesse pensando numa amizade. Porém, as coisas evoluíram, tomaram um caminho diferente e acabou num relacionamento feliz.
Na época, ela trabalhava na Renault, na parte administrativa. Foi ali que conheceu pessoalmente Rodrigo, com o qual já conversava através de um aplicativo.
O pai dele foi comprar um carro, o filho foi junto e as pedras, como sempre acontece, rolando se encontraram. O destino estava traçado e eles não sabiam: tudo conspirou para que se encontrassem e formassem um casal, além de juntarem seus impulsos de empreendedores.
Por enquanto eles não pensam em ter filhos. A loja de cosméticos absorve muito tempo dos dois. Estão dedicando-se com muita atitude, sem medir esforços, plenamente convencidos que estão firmando as bases de um empreendimento que lhes proporcionara muitas satisfações.
Eles resolveram abrir a Bouttique Cosméticos depois de muita conversa, depois de uma longa análise dos prós e dos contras. Ela, estando empregada e desenvolvendo um bom trabalho, tinha um pouco de receio de trocar o certo pelo duvidoso. Conversando, resolveram abrir o espaço e, depois de um tempo, acharam o ponto certo.
Camboriú foi a cidade escolhida por oferecer um espaço interessante para crescer, para inovar, para trazer algo novo para a comunidade. Além do mercado de cosméticos estar sempre em expansão, em visível crescimento, a cidade tinha somente uma loja dedicada a esse ramo, o que significava uma oportunidade interessante para desenvolver o projeto e fincar raízes.
O crescimento foi rápido e surpreendente. Em pouco tempo tiveram que abrir um novo espaço para treinamento não somente de clientes, mas também de profissionais.
Morar em Itajaí e ter o negócio em Camboriú é uma das dificuldades que eles enfrentam diariamente. A vida é corrida, a atividade empresarial é cansativa, com picos de muito trabalho. Mas, é gratificante, revigorante, perceber, sentir que as coisas estão acontecendo e se encaminhando para um futuro cada vez melhor.
Daiana vê em Rodrigo um homem de caráter, responsável, bom pai, bom filho, super comprometido, bom marido, sempre compreensivo e paciente.
Entre os dois, combinando funções e engajados no mesmo projeto, enxergando um futuro melhor, vão abrindo espaços para o negócio que imaginaram e criaram.
A história de Rodrigo, sem dúvidas, está ligada à história da sua família e, principalmente, aos eventos que marcaram a vida do seu pai.
Durante muitos anos ele, devido aos compromissos profissionais de Valdeleis, seu pai, rodou por várias cidades e estados do Brasil. Foram mais de dez cidades pelas quais Rodrigo passou durante sua infância, acompanhando a vida profissional do seu pai.
De certa maneira isso contribuiu na formação da visão de vida de Rodrigo. Ele conheceu diferentes seres humanos que, querendo ou não, acabam aportando informações, costumes, ideias, pequenas coisas que vão somando-se, consciente ou inconscientemente, na personalidade de Rodrigo.
Ele não deixa de ser uma soma das pequenas e grandes coisas que alimentaram seu cotidiano, sua infância e adolescência. Com doze anos de idade ele já tomou a decisão de trabalhar, de aprender enquanto trabalhava.
Inquieto, quando chegou o momento de enfrentar o ensino superior, tentou no que imaginava ser seu caminho, mas não se adaptou e teve coragem suficiente para desistir e recomeçar.
A vida lhe ensinou que nada se consegue sem esforço, sem persistência, sem entrega, sem dedicação. Tudo exige entusiasmo, energia extra, força de vontade e a escolha do rumo certo. Nada acontece de graça, nada cai do céu e se materializa. O caminho deve ser trabalhando, deve ser suado, somente assim as coisas acontecem.
Como empresário Rodrigo tem uma dedicação incrível, não poupando esforço, sem economizar energias, sem se esconder das suas obrigações, sempre preocupado com alcançar as metas e proporcionar o que foi prometido ao cliente, aos colaboradores, à comunidade.
Respeito e reconhecimento, no mundo empresarial, só se alcança com ética, com muito trabalho, com honestidade e com muito respeito pelo próximo.
Rodrigo é visto como um homem de caráter, dedicado, focado, ético e realmente preocupado com seu entorno. Um empresário moderno, com uma formação humanística que faz a diferença em todo momento.
Está planejando desenvolver sua atividade de uma maneira que lhe permita, num futuro não tão distante, ter uma vida mais sossegada, sem tanta correria. Não desistiu ainda da vida política. Acredita que pode contribuir muito como vereador da cidade, aportando sua capacidade administrativa e sua visão de mundo para melhorar a vida da comunidade.
Acredita muito na solidez da WM e no desenvolvimento da Bouttique Cosméticos, pensa que será possível fortalecer e expandir o seu novo negocio, junto com sua esposa Daiana, que se dedica integralmente ao trabalho da loja.
Visto como uma pessoa responsável por pessoas próximas e também por outras não tão próximas, Rodrigo Cândido da Silva, inspirado em exemplos familiares vai construindo sua história, como cidadão, empreendedor, empresário, pai e homem de caráter. Sua dedicação, entusiasmo, comprometimento e visão, são exemplos para muitos jovens.
Gente como ele, administradores como ele estão construindo o futuro do nosso país. Num tempo em que estamos clamando por transparência, honestidade, comprometimento e dedicação, Rodrigo Cândido é alguém em que muitos deveriam se espelhar.
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