Chefe ou amigo: Qual o limite?

Uma das perguntas que mais recebo de empresários de todos os ramos.

Na década de oitenta, foi lançado um filme cujo nome é “Como Eliminar seu Chefe”, que conta com a atriz Jane Fonda no elenco, onde o chefe tira vantagem constantemente das mulheres com quem trabalha.

Então elas começam um plano para prendê-lo e tomam o lugar dele, aumentando a produtividade no setor. Não vou contar o final, pois vale a pena assistir.

O que importa analisarmos é que na vida real é a mesma coisa: ninguém gosta de chefe! A imagem dele é sempre de um cara desajeitado, mal educado, que consegue as coisas por meio do poder e não respeita ninguém. Não tem como ficar perto de uma pessoa assim! Basta esperar, pois cedo ou tarde alguém vai puxar o tapete dele.

Então, o que fazer? Pois muitos concordam que se for chefe, ninguém gosta e se for amigo demais, “eles sobem nas costas”, como se diz na linguagem mais popular.

Vamos adicionar mais dois sujeitos aqui: O LÍDER e o GERENTE: Pra que eles servem? Onde se encaixam nesta história?

Fazer amizades no trabalho é motivador. Talvez encontre ali pessoas que serão seus colegas para jogar futebol, praticar espiritualidade, pescar ou jogar vídeo game. E isto é bom! Pior, se os colaboradores não quiserem ir mais para o trabalho pra não terem que darem de cara com alguém. John Maxwell diz que ninguém abandona CNPJ!

Interessante refletirmos sobre isto…

O chefe ninguém gosta; ser amigo é interessante; ser gerente é observar e corrigir os processos; nos processos temos pessoas agindo e, nas pessoas, agem os LÍDERES! Existem ferramentas em treinamentos como no LORDE, para entendermos e praticarmos melhor isto.

Nos fundamentos de relações humanas, por exemplo, que podemos usar para obter a cooperação das pessoas, vemos uma que diz:

– Saiba delegar – é a única forma de estar presente em todos os setores – ensinar, treinar, investir e não delegar, é tirar o “empowerment” do colaborador. Logo, estará desmotivado.

– Saiba dar um tapa de luva de pelica – Não deixa de ser um tapa, mas não dói tanto. Caso contrário, você criará um inimigo e não obterá a colaboração.

– Saiba ser duro quando necessário – e aí tem uma frase do Che Guevara que nos mostra que até um líder ditador, fora do seu país leva multidões atrás dele, se praticar relações humanas: “Hay que endurecer pero sin perder la ternura jamas”. Às vezes tem que se usar da voz mais grossa, mas se perder o coração do seu colaborador, colega, filho ou cônjuge, você perderá tudo. Vale mais a pena demitir do que manter esta pessoa, que não fará mais nada por amor.

Você pode até pagar bem, mais que a concorrência e dar uma série de benefícios, entretanto, se perder o amor, não terá o suficiente.

Temos que nos lembrar que mão de obra qualificada está escassa em diversas áreas, apesar dos milhões de desempregados. Acabou o tempo que o colaborador fazia de tudo para ficar na empresa.

Hoje são as empresas que tem que fazer de tudo para o bom colaborador ficar. E tem empresas que colocam tanta importância na amizade, que seguram um amigo, mesmo dando pouco lucro ou mesmo sem dar nenhum.

Conclusão: Ser chefe é ruim, ter amigos no trabalho motiva, ser gerente é necessário e ser líder é essencial!

Nobre abraço!

Por Rodrigo R. Valentini
Nobre CEO – Nobre Treinamentos

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